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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Deus odeia a imoralidade sexual

Aqueles que amam também devem odiar. Aqueles que amam o que é bom, o que é benéfico, o que é honroso, devem odiar o que é mau, o que é prejudicial, o que é lamentável. Nós somos definidos tanto pelas coisas que amamos, quanto pelas coisas que detestamos. E o que é verdade para nós também é para Deus (ou melhor dizendo, o que em primeiro lugar é verdadeiro para Deus também é para nós). Para que Deus ame, Ele também deve odiar. A Bíblia nos fala de muitas coisas que Deus odeia. Às vezes, ela diz diretamente “Deus odeia isso”; outras, descreve tais coisas com palavras como “abominável” ou “detestável”. Quando colocamos tudo isso junto, encontramos cerca de oito grandes categorias de coisas que Deus odeia. Já vimos que Deus odeia idolatria. Hoje eu quero mostrar que Deus também odeia a imoralidade sexual. Deus odeia a imoralidade sexual Os seres humanos são seres sexuais. Nós somos muito mais do que isso, é claro, mas não somos menos. Nossa sexualidade é uma parte de quem somos, um bom presente de Deus para unir marido e mulher e expandir a raça humana. Como tudo o mais que temos, a nossa sexualidade é um dom que nos foi dado em confiança. Devemos nutri-lo fielmente, usando-o nos caminhos comandados por Deus, recusando seu uso de formas que Ele proíba. Deus estipula que o sexo deve existir somente no casamento de um homem com uma mulher e ainda estipula de que ele deve, de fato, acontecer no casamento (1 Coríntios 7.1-5). Assim como é pecaminoso ter relações sexuais fora do casamento, é pecaminoso não ter relações sexuais dentro do casamento. Deus ama quando os seres humanos usam o dom da sexualidade nos caminhos que Ele ordena, mas, em seguida, necessariamente odeia quando eles o abusam de outras maneiras. Especificamente, ele odeia os atos de homossexualidade e bestialidade (Levítico 18.22-23), assim como o transvestimento (Deuteronômio 22.5). Ele odeia ofertas provenientes de prostituição ou, neste caso, a prostituição no contexto ritualístico (Deuteronômio 23.18). Podemos aplicar isso a um contexto moderno, observando que o dinheiro gasto ou ganho ilicitamente desonra a Deus, mesmo quando dado a uma causa nobre. Deus também odeia o divórcio, a separação dos laços do casamento (Malaquias 2.14-16). Malaquias 2 é uma passagem complicada cuja tradução é contestada, mas podemos estar confiantes disso: o que pode estar opaco no Antigo Testamento, em que o divórcio era permitido, está absolutamente claro no Novo Testamento, em que o divórcio é proibido, exceto no caso de adultério (ver Marcos 10.1-12). Deus, sobretudo, odeia o divórcio quando o objeto é a exploração de outra pessoa, como em Deuteronômio 24:4, onde parece que a ênfase é em um marido que se casa para receber o dote de sua esposa, se divorciando, e depois se casando com ela uma segunda vez para receber um segundo dote. Para resumir: Deus odeia o pecado sexual, Ele odeia qualquer contaminação do dom da sexualidade, e Ele odeia qualquer desonra do casamento, o único contexto certo para a sexualidade. Por que Deus odeia a imoralidade sexual? Por que Deus odeia a imoralidade sexual? Porque de alguma forma o pecado sexual é mais grave do que outras formas de rebelião. Em 1 Coríntios 6.18, lemos essas palavras surpreendentes: “Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo.” Os estudiosos da Bíblia debatem o significado das palavras, mas isso é muito claro: o pecado sexual debocha da união física e espiritual presente no relacionamento sexual. Como a Bíblia de Estudo da Fé Reformada aponta, “no ensino de Paulo, a união física envolvida na imoralidade sexual tem consequências especiais porque interfere na nossa identidade cristã como pessoas que foram unidas a Cristo através do Espírito Santo.” Aqueles que estão unidos a Cristo não podem estar unidos a uma prostituta ou qualquer outra pessoa com a qual não estejam casados. O pecado sexual degrada e abusa do corpo que Deus utiliza como seu templo. “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1 Coríntios 6.19-20). É importante ressaltar a linguagem similar que Paulo usa para descrever a idolatria e a imoralidade sexual. Ambos são sinais de profunda rebelião contra Deus. Julgamento de Deus sobre os devassos Deus é perfeitamente claro em seu julgamento sobre a imoralidade sexual. Grande parte do primeiro capítulo de Romanos 1 é dedicado a provar que o julgamento de Deus cai sobre aqueles que cometem o pecado sexual e que, ao longo do tempo, caem mais e mais nesse erro. “Conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.” (Romanos 1.32). Na verdade, Paulo chega a afirmar que o aumento do pecado sexual é a própria forma de julgamento através da qual Deus deixa as pessoas mais perdidas em seus pecados. 1 Coríntios 6.9 insiste que nem os devassos, nem os homossexuais verão o céu, o que se repete em Gálatas 5.19-21, Efésios 5.5 e Apocalipse 22.15. O autor da carta aos Hebreus demanda, “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.” (Hebreus 13.4). Aqueles que cometem imoralidade sexual enfrentarão o julgamento justo e eterno de Deus. Esperança para os imorais sexuais No entanto, há esperança, mesmo para os devassos. Em sua primeira carta a Timóteo, Paulo discute o propósito da lei de Deus e diz que a lei foi dada para “impuros, sodomitas, raptores de homens” (1.10). Deus provê para todos os pecadores! A lei foi dada graciosamente para expor seus pecados, seus desejos pelo pecado, e sua incapacidade de parar de pecar. Mas, é claro, a lei não era suficiente, então Paulo muda imediatamente da completude da lei para a bondade do evangelho, para o que ele se refere como “o evangelho da glória do Deus bendito”. O evangelho insiste que nenhum de nós está além da redenção, nenhum de nós está além da salvação, se nos voltarmos para Cristo e seu perdão. “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1.15). Não há pecador inalcançável à sua graça. “Fugi da impureza”, diz Paulo (1 Coríntios 6.18). Devemos fugir desse pecado e, por meio do evangelho, nós podemos. Versículos-chave sobre a imoralidade sexual Se você gostaria de se envolver em algum estudo mais aprofundado, aqui estão os versículos-chave sobre o ódio de Deus à imoralidade sexual: Deus planejou o casamento e a sexualidade em torno do sexo masculino e do sexo feminino (Gênesis 2.24-25) Deus odeia os atos homossexuais (Levítico 18.22) Deus odeia atos sexuais entre humanos e animais (Levítico 18.23) Deus odeia o uso de roupas do sexo oposto (Deuteronômio 22.5) Deus odeia e não aceitará ofertas provenientes da prostituição (Deuteronômio 23.18) Deus odeia a exploração através do divórcio (Deuteronômio 24.4) Deus odeia o divórcio (Malaquias 2.14-16) Deus odeia a imoralidade sexual em todas as suas formas (Gálatas 5.19-21, Efésios 5:5, Apocalipse 22.15) Deus criou o corpo para a pureza e não para a imoralidade (1 Coríntios 6.13) Deus nos ordena a fugir da imoralidade sexual (1 Coríntios 6.18) Deus oferece o perdão para os devassos (1 Coríntios 6.9-11) Deus ordena a exclusividade da relação sexual dentro do casamento (Hebreus 13.4) Por: Tim Challies. © challies.com. Traduzido com permissão. Fonte: God Hates Sexual Immorality. Original: Deus odeia a imoralidade sexual. © Ministério Fiel. Website: MinisterioFiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tim Challies é pastor da igreja Grace Fellowship, em Toronto, no Canadá, editor do site de resenhas Discerning Reader e cofundador da Cruciform Press. Casado com Aileen e pai de três filhos, ele também é blogueiro, web designer e autor de várias obras, como Faça Mais e Melhor, publicado pela Editora Fiel.

Versículos bíblicos sobre a soberania de Deus

Versículos bíblicos sobre a soberania de Deus Quando falamos sobre soberania de Deus temos que ter em mente o que significa essa palavra. Soberania é uma palavra que provém do latim “supremitas + potestas” e significa “poder supremo”, por isso que alguém que possui soberania não possui ninguém além dele, ou seja, não existe um poder acima do dele. E, assim, crê-se que por ele ser um ser com soberania conhece tudo o que possa vir a acontecer. O site significado.com defina soberania como a qualidade de algo ou alguém que é soberano, isto é, uma autoridade superior (com mais poder e domínio) em comparação aos demais. Numa soberania, o poder fica concentrado nas mãos de um único indivíduo, organização ou instituição. A soberania também pode se referir ao poder máximo que é dado a determinada pessoa ou entidade no que diz respeito a uma respectiva área ou assunto. Por exemplo, a soberania do tribunal de justiça pertence ao juiz, sendo ele quem tem o domínio e poder total em relação aos demais naquele espaço, no que tange os aspectos da lei. No âmbito religioso, a soberania de Deus representa o seu poder máximo e absoluto sobre todas as coisas existentes na Terra, de acordo com a maioria das crenças religiosas. Agora que vimos o que significa essa palavra podemos entender sua profundidade e a Bíblia nos relata que Deus é soberano, ELE é o próprio poder, pois temos que ter em mente que ele é o Poder e não apenas o possui, pois quem possui pode perder e Deus É…EU SOU O QUE SOU. Separamos alguns versículos que falar sobre a soberania de Deus 1 Crônicas 29:11 Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe. Jeremias 32:27 Eis que eu sou o Senhor, o Deus de toda a carne. Acaso, seria qualquer coisa maravilhosa demais para mim? Lucas 1:37 Porque para Deus nada é impossível. Apocalipse 1:8 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. Salmo 91:1-2 Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Salmo 145:3 Grande é o Senhor e muito digno de louvor; e a sua grandeza, inescrutável. Jeremias 32:17 Ah! Senhor Jeová! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; não te é maravilhosa demais coisa alguma. 1 Crônicas 29:12 E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo. Romanos 8:38-39 Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor! Romanos 1:20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis. Salmo 24:1 Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. Efésios 6:10 No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. 1 João 4:4 Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. 1 Timóteo 1:17 Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém! Daniel 2:22 Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz. 1 Samuel 2:7 O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. Ezequiel 34:26 E a elas e aos lugares ao redor do meu outeiro, eu porei por bênção; e farei descer a chuva a seu tempo; chuvas de bênção serão. Salmo 139:4 Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces. Marcos 14:36 E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. Jó 1:12 E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor. Hebreus 4:12 Pois a palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas. 1 Coríntios 6:14 Por seu poder, Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará. 2 Coríntios 13:4 Pois, na verdade, foi crucificado em fraqueza, mas vive pelo poder de Deus. Da mesma forma, somos fracos nele, mas, pelo poder de Deus, viveremos com ele para servir a vocês. Efésios 6:10 Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Filipenses 4:13 Tudo posso naquele que me fortalece. Mateus 19:26 Jesus olhou para eles e respondeu: “Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis”. Isaías 45:7 Eu formo a luz e crio as trevas, promovo a paz e causo a desgraça; eu, o Senhor, faço todas essas coisas. “ Isaías 26:4 Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna. Jeremias 10:12 Mas foi Deus quem fez a terra com o seu poder, firmou o mundo com a sua sabedoria e estendeu os céus com o seu entendimento. Jó 26:14 E isso tudo é apenas a borda das suas obras! Um suave sussurro é o que ouvimos dele. Mas quem poderá compreender o trovão do seu poder? “ Fonte: Universalidade da bíblia

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Quem foi João Calvino, que ajudou a fundar o protestantismo e a justificar o capitalismo

Quem foi João Calvino, que ajudou a fundar o protestantismo e a justificar o capitalismo Edison Veiga De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil Dentre os principais nomes do movimento que acabaria reconhecido como reforma protestante, o teólogo francês João Calvino (1509-1564) acabaria se tornando importante também para justificar não só uma nova religião, mas também o sistema econômico que, nascido dos escombros do feudalismo, tornou-se dominante do mundo contemporâneo: o capitalismo. Evidentemente que sua análise era pré-marxista — o filósofo Karl Marx é do século 19 —, mas a maneira como ele compreendia riqueza e pobreza, e como ele entendia as relações de trabalho, acabaram por influenciar uma parcela considerável da sociedade. Princesa Isabel: por que brasileira, que morreu há 100 anos, virou candidata a santa católica Nossa Senhora Aparecida: Por que mãe de Jesus entrou para a história com mais de mil nomes Por aqui, a maior igreja que segue os princípios calvinistas hoje é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Mas há outras denominações e dissidências que, no cerne, seguem o modo de pensar desse teólogo francês. "Calvino e também o calvinismo [ou seja, as interpretações posteriores da teologia dele] entendem que o trabalho deve ser visto como uma bênção, pois deve ser realizado para glorificar a Deus", explica o historiador, filósofo e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. "Ele não pensa que isso pode ser uma ideologia que falseia a realidade. Ele realmente acreditava nisso." "Quando calvinismo e capitalismo se encontram é o casamento perfeito, pois ambos possuem afinidades eletivas, ou seja, a mesma lógica de funcionamento", argumenta ele. "Ambos valorizam o trabalho e reinvestem o fruto do trabalho em mais trabalho. O que, em última instância, gera acúmulo de capital." Mesmo que a motivação seja diferente, o foco tanto do religioso calvinista como do inveterado capitalista é o mesmo: o trabalho. "O calvinista ama trabalhar porque assim glorifica a Deus. O capitalista ama trabalhar porque assim obtém lucro", compara Moraes. "Não importa! Ambos contribuem para o nascimento de um mundo novo, onde o trabalho enobrece o homem e glorifica a Deus." O teólogo francês acabaria se tornando importante também para justificar o capitalismo Conforme o teólogo explica, Calvino não coloca a questão se há diferença entre "os donos do meio de produção" e aqueles "que vendem a única coisa que lhes sobrou, a força de trabalho". Sua análise, afinal, é muito anterior a de Marx. Principais vertentes da Reforma Protestante No contexto da Reforma Protestante do século 16, o calvinismo é uma das três principais vertentes, ao lado do luteranismo e da criação da Igreja Anglicana. Desta forma, Calvino também foi um dos responsáveis por quebrar a hegemonia ocidental da Igreja Católica. "Foi o fim do monopólio católico na administração dos bens de salvação, permitido novas formas de cristianismo", pontua Moraes. Em sua base, a teologia calvinista é fortemente apoiada nas escrituras sagradas, ou seja, nos textos bíblicos. Neste aspecto procurava se diferenciar da Igreja Católica de então, já alicerçada pelas bases filosóficas da tradição escolástica. "O protestantismo, em geral, é a volta à Bíblia como elemento essencial", sintetiza o teólogo. "Os calvinistas seguem os princípios gerais da Reforma Protestante: justificação por graça mediante a fé, sacerdócio geral dos crentes e a Bíblia como princípio de fé e prática", acrescenta a teóloga. Sonia Mota, pastora da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e diretora executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviço. "Calvino enfatizou de maneira especial: o princípio da soberania de Deus, ou seja, tudo redunda para a glória de Deus; fidelidade aos preceitos da Bíblia; valorização da ética e do trabalho social e a predestinação." Moraes destaca a chamada teologia da aliança como um princípio do calvinismo. "Aliança porque entende-se que Deus vai fazendo pactos ao longo da história, e renovando essas alianças. Com a vinda do Messias [Jesus Cristo], todos aqueles que aceitarem-no como senhor e salvador passam a fazer parte do povo de Deus", diz Moraes. Outro ponto que se destaca é a ideia da eleição, da predestinação. "A partir do século 17, o calvinismo passa a ser visto como uma religiosidade que enaltece a predestinação: só os eleitos são salvos. Mas essa é uma marca do calvinismo [ou seja, dos seguidores] e não do próprio Calvino", explica o teólogo. A Igreja Presbiteriana do Brasil é hoje a maior igreja no país que segue os princípios calvinistas "Em Calvino, a teologia da predestinacão não ocupa um espaço de primazia, um espaço central." "A centralidade da teologia de Calvino é a encarnação de Cristo, e assim esse pacto, essa aliança. O encontro do humano com o divino e a possibilidade de tudo o mais. Sem Jesus Cristo, não haveria Reino de Deus, portanto sua vinda foi a inclusão de todos em uma nova aliança", explica ele. Predestinação divina Foi a prática, portanto, que acabou valorizando a ideia da eleição, da predestinação. E isso acabou se tornando muito forte em países como a Inglaterra — os chamados puritanos — e, em seguida, com os colonos que chegaram aos Estados Unidos imbuídos da ideia de que eram os predestinados ao Novo Mundo. "A questão dos eleitos é uma releitura de uma teologia paulina e agostiniana", esclarece Moraes. "Por esta perspectiva, os homens, graças ao pecado de Adão, estão mortos espiritualmente. Então, neste sentido, só Deus pode dar o primeiro passo para salvar quem está morto, e ele o faz, enviando Jesus para morrer e satisfazer a ira deste Deus ofendido, reconciliando este e suas criaturas." "Para ter acesso a Deus novamente, basta aceitar Jesus como Senhor e Salvador, mas como Deus é onisciente, ele já sabe, porque já escolheu de antemão os que serão salvos, os eleitos", prossegue. "Os não eleitos estão condenados. Por que Ele escolheu uns e rejeitou outros? Calvino disse: 'Por que Ele quis'. Como ser livre e com autoridade plena, ele pode salvar uns e deixar outros perecerem." "Eu sei que isso pode parecer cruel, mas para aquele que que se vê contado entre os eleitos, isto tem um efeito social pleno de potencialidades", explica Moraes. Em um mundo de reinvenção do capitalismo, com incipiente industrialização, era inevitável que essa ideia religiosa servisse muito bem aos que se viam como bem-sucedidos. "Calvino não entra no aspecto profundo do que produz riqueza ou pobreza. Ele diria que tudo isso é fruto do pecado do homem em Adão. A queda do homem gera as injustiças sociais. Para Calvino, a riqueza tem a finalidade de socorrer os pobres", diz o teólogo. "A miséria para Calvino é uma consequência do pecado original, mas Deus em sua infinita graça, abençoa os homens como suas criaturas através da sua graça comum", explica Moraes. "Todos os homens são criaturas, alguns são filhos, os eleitos, e como ambos ocupam o mesmo espaço e tempo, Ele cria as condições para a existência de todos." Neste sentido, entende-se que Deus "cria condições de vida para superar a miserabilidade". "Não se trata de dizer que os ricos são eleitos, e a riqueza é evidência da eleição, ou que os pobres vão para o inferno, como seres amaldiçoados", ressalta. "Essa é uma visão simplista e desabonadora da teologia de Calvino. Ela está mais para teologia da prosperidade do que para uma teologia calvinista. Mas um marxista diria que Calvino justifica a divisão social entre oprimidos e opressores." Diferenças Frente aos católicos, os cristãos calvinistas diferem-se porque simplificaram os sacramentos — enquanto os primeiros têm sete, os calvinistas reconhecem a necessidade apenas do batismo e da eucaristia — e não veneram santos nem Maria, a mãe de Cristo, tampouco têm imagens sacras em seus altares. Sonia Mota também ressalta a questão da hierarquia eclesial. "As igrejas calvinistas não são episcopais, onde os bispos são a autoridade", explica. "Elas adotam o sistema representativo, o que significa que todos os membros participam de forma indireta do governo da igreja através de representantes eleitos por seus membros para mandatos com prazo determinado." Quando olhamos para o contexto histórico da Reforma Protestante, em que o poder teocrático absolutista da Igreja Católica era fortemente questionado, esse sistema de participação popular faz todo o sentido. O teólogo Gerson Leite de Moraes atenta para a doutrina da salvação, onde residem divergências com o catolicismo. "Para os católicos, além das práticas religiosas, há um elemento importante: as obras. A salvação, para eles, vem através de Jesus mas as obras contribuem. Na tradição calvinista, não: somente a graça divina resgata o homem, o homem é visto como um ser morto em seus delitos e pecados e precisa da ação benevolente e misteriosa de Deus a seu favor", contextualiza. No calvinismo, portanto, "não há a possibilidade de cooperação entre homem e Deus" para esse processo de salvação, conforme explica Moraes. Comparados com os luteranos, os calvinistas também guardam diferenças. "A maior é no que diz respeito à compreensão da presença de Cristo na eucaristia", pontua a pastora Mota. "Para os calvinistas, a presença de Cristo não é substancial nem particularmente ligada aos elementos, ou seja, uma presença espiritual verdadeira. Os luteranos acreditam que Cristo está verdadeiramente presente em, com e sob as formas do pão e do vinho." Entre os próprios calvinistas, Mota lembra que também há diferenças. "E a distância que separa os calvinistas liberais, fundamentalistas e carismáticos é maior do que a distância entre os tradicionais princípios teológicos calvinistas e os de outras denominações protestantes históricas", frisa ela. "Liberais presbiterianos se entendem melhor com liberais anglicanos ou luteranos do que com fundamentalistas ou carismáticos presbiterianos." Moraes ressalta que "no meio protestante", os calvinistas são reconhecidos como "um grupo religioso muito apegado à Bíblia, à tentativa de fidelidade, ao viver segundo a tradição". "O lado negativo é que isso pode desembocar numa prática fundamentalista e bastante sectária se não for bem cuidado, se não houver um equilíbrio", avalia o teólogo. Denominações e vertentes Conforme as ideias calvinistas foram se espalhando, elas foram ganhando denominações e, claro, vertentes também foram surgindo. Logo nos primórdios da religião, os calvinistas franceses foram chamados de huguenotes, na Inglaterra, de puritanos, na Holanda, de reformados, na Escócia, de presbiterianos. "No Brasil, houve várias tentativas de inserção do calvinismo", conta Moraes. "No Rio, com a França Antártida, depois no nordeste, com os holandeses. No século 19, com a abertura dos portos, para manter boas relações com a Inglaterra, os tratados comerciais e de navegação permitiam a prática de outras religiões para esses grupos." Foi quando, oficialmente, diversas religiões protestantes chegaram ao Brasil. Gradualmente, vão ganhando mais liberdades. "Durante o reinado de Dom Pedro. II, já havia grupos protestantes em diversas regiões", relata Moraes. "Mas ainda com limitações: não podiam ter igreja com torre, não podiam várias coisas. Mas podiam praticar os cultos sem serem perseguidos." A pastora Mota explica que essa chegada dos calvinistas pode ser dividida em três fases. A invasão era quando vinha junto com os ataques sofridos pela colônia, como no caso dos franceses no Rio e dos holandeses no Nordeste. Ela também comum que eles buscassem catequizar indígenas. Mais tarde, a partir do século 19, há a chegada de imigrantes que já praticavam religiões protestantes — e seguem fazendo em território brasileiro. Por fim, os missionários são os que chegam com o papel de realmente criar igrejas no Brasil. De acordo com Moraes, o marco fundador do calvinismo no Brasil é considerado a vinda do pastor norte-americano Asgbel Green Simonton ao país, em 12 de agosto de 1859. Em 1862 ele fundou a Igreja Presbiteriana do Brasil. Estima-se que, no total, sejam 1,2 milhão os praticantes do calvinismo no Brasil. "É a terceira maior vertente, considerando as igrejas protestantes históricas, depois de batistas e luteranos", diz Mota. A Igreja Presbiteriana do Brasil é ainda há maior do segmento no país, com 650 mil adeptos. Há dissidências, como a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, de 1903, e a Igreja Presbiteriana Unida e a Igreja Presbiteriana Renovada. "A Unida é um pouco mais aberta, progressista. A Renovada, quase pentecostal", explica Moraes. "Existe ainda a Igreja Presbiteriana Conservadora, que é declaradamente fundamentalista. E outros segmentos vão aparecendo como ramificações dessas igrejas. Ultimamente, têm aparecido algumas que são dissidências e não assumem o nome presbiteriana."

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

20 CONSELHOS AOS CASAIS

20 CONSELHOS AOS CASAIS 01 Nunca fiquem ambos zangados ao mesmo tempo 02 Nunca lance em rosto um ao outro um erro do passado 03 Nunca se esqueçam das horas felizes de quando começaram a se amar 04 Nunca se encontrem sem um termo bem vindo 05 Nunca usem indiretas, quer estejam sozinhos ou em presença de outros 06 Jamais grite um com o outro, a não ser que a casa esteja pegando fogo 07 Procure cada um se esforçar ao máximo para estar de acordo com os desejos do outro 08 Seja a renúncia de si mesmo o alvo e a prática de cada dia 09 Nunca deixem o sol se pôr sobre qualquer zanga ou ressentimento; melhor mesmo é não zangar-se! 10 Jamais dêem ensejo a que um pedido razoável tenha de ser feito duas vezes 11 Nunca façam um comentário em público, que possa magoar o outro. Pode parecer engraçado, às vezes, mas fere 12 Nunca suspirem pelo que poderia ter sido, mas tirem o melhor partido daquilo que é 13 Não censurem nunca, a não ser que tenham a certeza de que uma falta foi cometida, e mesmo assim falem sempre com amor 14 Jamais se separem sem palavras amáveis, nas quais pensem enquanto separados. Breves palavras proferidas na manhã preenchem um longo dia 15 Não deixem que nenhuma falta cometida fique sem ser confessada e perdoada 16 Não se esqueçam que o lugar mais próximo do céu na terra é aquele em que duas almas se tornam umas no altruísmo 17 Não fiquem satisfeitos enquanto não tiverem certos de que estão ambos trilhando o caminho estreito e reto, um ajudando o outro 18 Jamais se esqueçam que o casamento foi estabelecido por Deus e que só a sua benção pode torná-lo o que deve ser 19 Não permitam que esperanças terrenas os distanciem do lar eterno 20 Jamais deixem de regar o amor com muito carinho e afeto Fonte: Universalidade da bíblia