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sábado, 1 de março de 2025
CARNAVAL FESTA DAS ORGIAS E DO DIABO
O Carnaval tem origem na Antiguidade e foi trazido para o Brasil pelos portugueses durante a colonização.
Origem do Carnaval no mundo
Na Babilônia, as sacéias eram uma festa em que um prisioneiro assumia o papel de rei, vestindo-se como ele e dormindo com suas esposas.
As festas de origem greco-romana, como os bacanais, eram marcadas pela embriaguez e pela entrega dos prazeres da carne.
O carnaval de Veneza, um dos mais antigos, foi criado em 1094 por Vitale Falier, na Praça de São Marcos.
Origem do Carnaval no Brasil
O entrudo foi uma das primeiras manifestações carnavalescas no Brasil, trazida pelos portugueses entre os séculos XVI e XVII.
O entrudo era uma brincadeira popular em que as pessoas saíam às ruas sujando umas às outras com lama, urina, etc.
O entrudo foi proibido em 1841, mas continuou até meados do século XX.
A palavra Carnaval
A expressão popular "carne vale" significa "adeus à carne", significando o período de jejum que se aproxima.
A expressão italiana "carne levare" significa "remover a carne", uma vez que a carne é proibida durante a Quaresma.
"A história do Carnaval é relacionada principalmente com a Idade Média, mas remonta aos festivais realizados Idade Antiga. Apesar de ser uma tradicional festa popular realizada em diferentes locais do mundo, sendo, inclusive, a mais celebrada no Brasil, o Carnaval não é uma invenção brasileira. Apesar do forte secularismo presente no Carnaval, a festa é tradicionalmente ligada ao catolicismo, uma vez que sua celebração antecede a Quaresma.
A palavra Carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é “retirar a carne”. Esse sentido está relacionado ao jejum que deveria ser realizado durante a Quaresma e também ao controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de controlar os desejos dos fiéis."
Veja mais sobre "História do Carnaval" "Resumo sobre a história do Carnaval
A história do Carnaval é antiga.
O Carnaval tem forte ligação com o catolicismo, sendo entendido como uma festa cristã por ter relação direta com a Quaresma, criada no contexto da Idade Média.
Essa festividade também possui relações com festivais realizados na Idade Antiga. São exemplos desses festivais as Sacéias e a comemoração do ano novo na Mesopotâmia (Babilônia) e a Saturnália e a Lupercália (Roma).
As festividades da Idade Antiga eram marcadas principalmente pela subversão de papéis sociais.
A Igreja Católica buscou ressignificar as festividades pagãs, dando um senso cristão aos excessos cometidos durante esse período, que passou a acontecer antes da Quaresma.
A lógica que regia as festas da Antiguidade era a mesma para o Carnaval na Europa da Idade Média e da Idade Moderna: inversão total da ordem.
A história do Carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. O entrudo foi uma das primeiras manifestações carnavalescas brasileiras.
Origem do Carnaval
Alguns estudiosos entendem o Carnaval como uma festa cristã, pois sua origem, na forma como entendemos a" "festa atualmente, tem relação direta com o jejum quaresmal. Isso não impede que sejam traçadas as origens históricas que nos mostram a influência que o Carnaval sofreu de outras festas que existiam na Idade Antiga.
Na Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como Carnaval. As Sacéias eram uma celebração em que um prisioneiro assumia, durante alguns dias, a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.
Outro rito era realizado pelo rei no período próximo ao equinócio da primavera, um momento de comemoração do ano novo na Mesopotâmia. O ritual ocorria no templo de Marduk (um dos primeiros deuses mesopotâmicos), onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.
O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao Carnaval era o caráter de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao seu deus. Possivelmente a subversão de papéis sociais no Carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e outras práticas semelhantes, é associável a essa tradição mesopotâmica.
A associação entre o Carnaval e as orgias pode ainda relacionar-se com as festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam eles dedicados ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcados pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.
Havia ainda, em Roma, a Saturnália e a Lupercália. A primeira ocorria no solstício de inverno, em dezembro, e a segunda, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias, com comidas, bebidas e danças. Os papéis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos.
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"Cristianismo(CATOLICISMO ROMANO) e Carnaval
As festas citadas eram, naturalmente, celebrações pagãs e eram extremamente populares. Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos essas celebrações nas quais as pessoas entregavam-se aos prazeres mundanos. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.
A Igreja Católica, então, procurou ressignificá-las dando-lhes um senso mais cristão. Durante a Alta Idade Média, foi criada a Quaresma — período de 40 dias antes da Páscoa caracterizado pelo jejum. Tempos depois, as festividades realizadas pelo povo foram concentradas nesse período e nomeadas carnis levale.
A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa. Nesse momento, o Carnaval estendia-se durante várias semanas, entre o Natal e a Páscoa."
"Carnaval na Europa medieval e moderna"
"Durante os carnavais medievais, por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam às ruas e aos campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.
Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca."
"A lógica que regia as festas da Antiguidade era a mesma para o Carnaval na Europa da Idade Média e Moderna: o mundo de cabeça para baixo. Sendo assim, tratava-se de um período de inversão proposital da ordem, portanto, as restrições das vidas das pessoas eram abolidas, e os papéis que existiam naquela sociedade, invertidos.
A partir do século XVI, houve iniciativas de impor o controle sobre as festas carnavalescas no continente. Essa tentativa de silenciamento foi uma reação aos conflitos religiosos que atingiam a Europa naquele período, mas também pode ser explicada como forma de impor controle social. Outra explicação pode ser o conservadorismo vigente que buscava demonizar as festas populares."
"Carnaval no Brasil
A história do Carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma brincadeira de origem portuguesa que, na colônia, era praticada pelos escravos. Nela, as pessoas saíam às ruas sujando umas às outras jogando lama, urina etc. O entrudo foi proibido em 1841, mas continuou até meados do século XX.
Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos, e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil."
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
PRECISAMOS DE AVIVAMENTO ESPIRITUAL
Dr Shedd sobre: Quando o Avivamento é necessário?
1. Quando a Oração deixa de fazer parte vital da vida da Igreja;
2. Quando a busca pela Verdade Bíblica diminui e o cristão se sente satisfeito com o que sabe.
3. Quando ensinamentos sobre coisas eternas não penetram no coração.
4. Quando os cultos não são motivados de Alegria e Prazer.
5. Quando as conversas sobre coisas espirituais são superficiais.
6. Quando esportes, recreação e entretenimento tomam lugar amplo e necessário no estilo de vida.
7. Quando pecados do corpo e da mente podem ser praticados sem questão de consciência.
8. Quando a aspiração pela santidade na imagem de Cristo não tem lugar dominante na vida e na mente.
9. Quando aquisição de dinheiro e posses materiais se tornam preocupações centrais na vida.
10. Quando é possível pronunciar as palavras dos cânticos do culto sem envolver o coração.
11. Quando a divisão entre membros não Igreja não é motivo de preocupação entre irmãos.
12. Quando é possível assistir filmes depravados e programas de TV depravados sem desistir ou sentir-se ofendido.
13. Quando não há tristeza pela falta de poder espiritual.
14. Quando falta música na alma, cânticos no coração.
15. Quando se ajusta prazerosamente ao estilo de vida no mundo.
16. Quando é possível ouvir a situação dos povos não alcançados pelo Evangelho sem sentir qualquer desejo de orar, contribuir ou muito menos mandar meu filho para lá.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
O Galo Que Cantou Quando Pedro Negou Jesus Não Era Uma Ave?
Mateus 26.34 Jesus respondeu: "Eu lhe digo a verdade: esta mesma noite, antes que o galo cante, você me negará três vezes". Essa profecia foi proferida três vezes: (1) João 13:38 , relativo ao fato, não ao tempo; (2) Lucas 22:34 , na sala de jantar; (3) e por último, Mateus 26:34 ( Marcos 14:30 ), no Monte das Oliveiras.
Existia uma lei judaica que proibia a criação de galos em Jerusalém. Esta lei estava descrita no tratado mishnar.
Explicação
Mishnar* era um tratado de lei judaica que proibia a criação de galos em Jerusalém, por causa das coisas santas. A lei também proibia que sacerdotes criassem galos em qualquer lugar da terra de Israel. De fato, havia uma regra na lei judaica que era ilegal ter galos e galinhas nas cidades santas por questões higiênicas. Jerusalém era tida como uma cidade santa e as galinhas sujariam a cidade.
Passagem bíblica
Na Bíblia, Jesus disse a Pedro: "Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes".
O que a passagem quer dizer?
Algumas pessoas questionam como a passagem bíblica pode dizer sobre o cantar do galo, se não havia galos perto do local da crucificação de Jesus. Inventaram uma explicação e dizem que era o toque de trombeta para troca da guarda romana. Em Marcos 13.35, a expressão “cantar do galo “ possui um sentido cronológico: “Vigiais, pois, porque não sabeis quando virá o Senhor da casa; se à tarde (1ª vigília: das 18h às 21h), se a meia-noite (2ª vigília: das 21h às 0h), se ao cantar do galo (3ª vigília: das 0h às 3h), se pela manhã (4ª vigília: das 3h às 6h)”. Mas o que não dizem é que, em Jerusalém moravam além de judeus, romanos, e vários grupos que não concordavam com essa lei; existiam os herodianos, publicanos, meretrizes, pecadores de todos os tipos de pecados. E com certeza foi um galo de pena e bico. Mas será que o galo e a galinha eram conhecidos nos tempos de Jesus?
A resposta é sim! Em umas de suas mais impressionantes palavras sobre Jerusalém, Jesus usa exatamente esse animal como pano de fundo de Sua fala. Não seria natural Jesus usar um bicho desconhecido para trazer ensinos: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mateus 23:37).
Observe que temos a clara menção da cena clássica da mãe galinha toda zelosa pelos seus filhotinhos. De onde Jesus tirou essa cena? De algo desconhecido? Evidente que não!
Havia também no Novo Testamento o uso do canto do galo como um indicativo de um determinado horário, vejamos: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã” (Marcos 13:35).
Observe que nesse texto o canto do galo é situado entre meia noite e o amanhecer. Como o galo costuma cantar antes da chegada do amanhecer, nesse texto possivelmente se refira ao horário da madrugada, possivelmente a terceira vigília da noite (entre meia noite e três da manhã).
Então, nesse contexto aqui, sim, “cantar do galo” se refere a um horário. Vejamos agora o caso de Pedro.
Feitas essas três observações, agora vamos ao texto onde Jesus diz que Pedro iria negá-lo: “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes” (Marcos 14:30).
Alguns dizem que esse texto está fazendo menção de um tipo de toque que os romanos davam na madrugada para marcar qual era o horário (parecido com aqueles relógios com sinos que soam em algumas igrejas).
Dizem alguns, então, que esse galo mencionado por Jesus não era uma ave, pois os judeus não podiam ter galinheiros em Jerusalém. Vamos analisar se isso é verdade?
O Talmude (que é um comentário sobre as leis judaicas) diz que os judeus eram proibidos de ter galináceos, pois larvas de insetos que procriavam nos excrementos das galinhas facilitavam a contaminação da carne dos sacrifícios. Isso é um fato. Porém, precisamos pontuar algumas coisas aqui para, então, tirar nossa conclusão:
(i) Os romanos não tinham proibição alguma de ter galos e judeus que não seguiam as leis judaicas também faziam como queriam. Sendo assim, galos em Israel era algo totalmente possível.
A própria citação de Jesus sobre “galinha” que mencionamos acima prova isso. Dessa forma, o canto do galo que Pedro ouviu podia sim ser de um galo (ave) que estava ali;
(ii) No texto que mencionamos acima em Marcos 14:30, galo vem da palavra grega “alektor”, usada para “galo” ou para “o macho de qualquer ave”.
Sendo assim, o escritor estava sim descrevendo uma ave aqui. Nesse sentido, a meu ver não temos nesse texto uma simbologia, mas uma literalidade.
(iii) A dinâmica da narrativa não parece estar ligada a um horário específico (um sinal tocado em determinada hora), como se Pedro fosse negar Jesus antes da sinalização romana de um determinado horário.
O texto parece mostrar certa surpresa, quando Pedro nega Jesus e imediatamente o galo canta. E isso acontece não somente uma vez.
(iv) Em diversos outros textos, quando temos menção de horários em que ocorrem acontecimentos na madrugada, não temos o uso de “galo” para designar esses horários. Seria lógico que se o galo fosse uma designação padrão para esse “toque romano” que marcava horários na madruga, que isso fosse citado mais vezes.
Mas o que vemos é que isso não ocorre, pelo contrário, a maioria das citações são as famosas “hora sexta”, “hora nona”, “hora undécima”, etc, que eram a forma mais comum de citação de horários.
(6) Portanto, finalizo dizendo que não há elementos suficientemente fortes para crermos que o galo mencionado no momento em que Pedro negou Jesus não era uma ave.
Tudo no texto aponta para o canto do animal que trouxe à mente de Pedro a negação que fez de Jesus diante das pessoas. Portanto, O Galo que cantou tinha pena e Bico.
sábado, 8 de fevereiro de 2025
FIZ UMA PERGUNTA AO GROK DO "X" SE VOCÊ FOSSE O DIABO O QUE FARIA PARA O CRISTÃO NÃO ORAR?
Fiz uma pergunta ao Grok IA do X: O que você faria se fosse o diabo para o cristão não orar?
Resposta:
Se eu fosse o diabo, aqui estão algumas táticas que poderia usar para impedir que um cristão orasse:
Distração: Inundar a vida da pessoa com atividades, preocupações ou entretenimento para que ela não tenha tempo ou disposição para orar. Isso poderia incluir excesso de trabalho, mídias sociais, séries de TV, jogos, etc.
Dúvida: Plantar sementes de dúvida sobre a eficácia ou a necessidade da oração. Isso poderia envolver pensamentos como "Deus não vai ouvir mesmo" ou "Minha oração não faz diferença".
Desgaste Emocional: Aumentar o estresse, a ansiedade ou a depressão para que a pessoa se sinta incapaz de se concentrar ou até mesmo de querer orar.
Conflito: Criar conflitos pessoais, familiares ou sociais que consomem a atenção e a energia emocional, desviando o foco da oração.
Procrastinação: Sugerir que há sempre tempo para orar mais tarde, levando a uma postergação contínua até que a prática da oração se torne rara ou inexistente.
Falsas Alternativas: Oferecer práticas espirituais ou religiosas que parecem mais fáceis ou imediatamente gratificantes, mas que afastam da prática da oração cristã tradicional.
Auto-suficiência: Fomentar um sentimento de que a pessoa pode resolver tudo por si mesma, diminuindo a percepção da necessidade de recorrer a Deus através da oração.
Pecado e Culpa: Incentivar comportamentos pecaminosos que, em seguida, induzam sentimentos de culpa, fazendo com que a pessoa se sinta indigna de se aproximar de Deus em oração.
Desinteresse Espiritual: Promover uma visão mundana e materialista da vida, onde a espiritualidade e a oração são vistas como irrelevantes ou sem sentido.
Isolamento: Isolar o cristão de uma comunidade de fé onde a oração é incentivada e praticada coletivamente, tornando a prática individual mais difícil.
Essas são, claro, especulações baseadas em como o "diabo" é muitas vezes retratado na teologia cristã como um antagonista que tenta desviar os fiéis de sua prática religiosa.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
O FORMALISMO
Formalismo bíblico é a tendência de dar mais importância aos rituais e à observância do que ao significado.
O formalismo religioso pode diminuir a alegria, a espontaneidade e a vitalidade cristã. Ele pode congelar a essência e valorizar apenas a aparência.
O formalismo pode ser observado na forma de orar, por exemplo.
O Que é Formalismo Religioso?
Descubra como o formalismo religioso pode obscurecer a verdadeira essência espiritual, priorizando rituais sobre conexão genuína e compaixão.
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O que é Formalismo Religioso?
O formalismo religioso é um fenômeno presente em várias tradições ao redor do mundo. A ênfase excessiva nas formas externas e rituais de uma religião obscurece a essência espiritual e o significado interno dessas práticas. Isso resulta em uma abordagem superficial da fé. A observância dos rituais se torna mais importante do que a conexão genuína com o divino e com os princípios éticos e morais da religião.
Esse fenômeno pode ser observado de diferentes maneiras, dependendo das tradições religiosas específicas. Em algumas religiões, o formalismo está relacionado a uma aderência rígida aos rituais litúrgicos, enquanto em outras, está ligado a uma interpretação estrita da lei religiosa. Independentemente da forma que assume, o resultado é uma ênfase desproporcional nas formas externas em detrimento da conexão espiritual e moral.
Na perspectiva da Bíblia, o formalismo religioso é caracterizado pelo foco exagerado nos rituais e tradições em detrimento do coração e da verdadeira conexão com Deus. Ao invés de compreender o significado por trás dos rituais, as pessoas se preocupam apenas em seguir as regras, o que pode levar à hipocrisia e falta de compaixão. Jesus frequentemente criticava esse comportamento, enfatizando a importância da sinceridade e do amor verdadeiro a Deus.
Características do Formalismo Religioso:
Ritualismo:
O ritualismo excessivo é uma das principais características do formalismo religioso. Isso se manifesta na atenção exagerada dada aos rituais e cerimônias, onde o cumprimento meticuloso desses rituais é visto como essencial, mesmo que a compreensão do seu propósito seja negligenciada. Como resultado, as pessoas podem se tornar presas a uma prática religiosa mecânica e vazia, sem um verdadeiro significado espiritual.
Legalismo:
Outra característica do formalismo religioso é o legalismo, que se refere a uma mentalidade focada na observância estrita das regras e regulamentos religiosos. Nesse contexto, as pessoas podem se preocupar mais com a conformidade externa do que com a compreensão e internalização dos princípios éticos e espirituais subjacentes. Essa abordagem superficial da religião pode priorizar a obediência às leis e regulamentos em detrimento do crescimento espiritual e da compaixão.
Exibicionismo:
O exibicionismo religioso também é uma característica comum do formalismo religioso, onde as pessoas buscam ostentar sua piedade religiosa de maneira pública e visível. Isso pode incluir exibir símbolos religiosos, participar de atividades religiosas em público ou buscar reconhecimento social por meio de práticas religiosas externas. No entanto, essa exibição muitas vezes carece de uma conexão genuína com a espiritualidade e pode ser motivada por razões egoístas, como o desejo de status social ou aceitação.
Exemplos de formalismo religioso na bíblia:
Dadas as características mencionadas sobre o formalismo religioso, vamos agora explorar alguns exemplos bíblicos para aprofundar o entendimento dos irmãos na fé:
Lavagem das Mãos (Mateus 15:1-9):Neste episódio, os fariseus e escribas criticam Jesus e seus discípulos por não lavarem as mãos antes de comer, de acordo com as tradições dos anciãos. Jesus responde, destacando como eles priorizam as tradições humanas, mas menospreza os mandamentos de Deus.
Sábado e Cura (Lucas 13:10-17): Jesus cura uma mulher encurvada durante o sábado, e os líderes religiosos o repreendem por violar a lei do descanso sabático. Jesus responde, enfatizando a compaixão sobre a estrita observância do sábado. Criticaram Jesus por curar em um dia especifico, mas eles mesmo fazia tantas coisas erradas em nome de Deus.
Dízimo das Hortelã, Endro e Cominho (Mateus 23:23-24): Jesus repreende os escribas e fariseus por darem o dízimo de pequenas ervas, mas negligenciarem os princípios mais importantes da justiça, misericórdia e fé. Ele os acusa de serem guiados pelo formalismo religioso, enquanto ignoram a verdadeira essência da fé. A oferta como um ato vazio, e não como um sinal de gratidão e devoção a Deus.
Oração Pública (Mateus 6:5-6): Jesus adverte contra a oração em locais públicos para ser visto pelos outros, destacando a importância da comunicação sincera com Deus em vez do exibicionismo religioso. Ele enfatiza a necessidade de uma oração íntima e pessoal.
Esses exemplos ilustram como o formalismo religioso pode desviar o foco dos princípios fundamentais da fé. Prioriza rituais e tradições externas em detrimento da verdadeira espiritualidade e compaixão.
Impactos do Formalismo Religioso:
Um dos impactos mais significativos do formalismo religioso é a alienação espiritual que pode causar. Quando as pessoas se concentram apenas nas formas externas da religião, elas podem se sentir desconectadas de sua fé e espiritualidade. Isso ocorre porque a ênfase excessiva nos rituais pode obscurecer a verdadeira essência da religião, tornando-a uma prática vazia e sem significado.
Além disso, o formalismo religioso está frequentemente associado à hipocrisia religiosa, onde as pessoas mantêm uma fachada de piedade externa, mas carecem de uma verdadeira devoção interior e integridade moral. Isso pode levar à alienação e desconfiança dentro das comunidades religiosas, minando a coesão e o senso de propósito compartilhado.
Outro impacto do formalismo religioso é a estagnação espiritual. Quando as pessoas se concentram apenas na observância dos rituais e tradições, pode haver uma falta de crescimento pessoal e desenvolvimento espiritual. Isso ocorre porque o formalismo tende a inibir a reflexão e a introspecção necessárias para uma verdadeira compreensão da fé e uma conexão mais profunda com o divino.
Conclusão
Em última análise, o formalismo religioso não apenas desvirtua a verdadeira essência da fé, mas também pode minar a experiência espiritual dos praticantes. Quando as formas externas assumem o foco principal, elas podem obscurecer a conexão genuína com o divino e a compreensão dos princípios éticos e espirituais subjacentes. Isso pode resultar em uma prática religiosa vazia e mecânica, que carece do significado profundo e da conexão pessoal que deveriam acompanhar a busca espiritual.
Para evitar cair nesse padrão de formalismo religioso, é crucial buscar um equilíbrio saudável entre a observância dos rituais e uma compreensão profunda dos valores e ensinamentos de uma religião. Isso implica não apenas participar das práticas religiosas de forma superficial, mas também refletir sobre seu propósito e significado em nossas vidas. Dessa forma, cultivar essa compreensão mais profunda, podemos enriquecer nossa jornada espiritual e encontrar um significado genuíno que vai além das formalidades externas.
Promover uma fé autêntica fortalece laços espirituais e enriquece comunidades religiosas, priorizando valores essenciais como justiça e compaixão sobre rituais vazios. Dessa forma, não apenas encontramos significado em nossa própria jornada espiritual, mas também contribuímos para a construção de um mundo mais harmonioso e compassivo.
O formalismo é um conceito que se refere à prática de seguir formalmente as regras e rituais religiosos, sem compreender ou sentir a verdadeira essência das crenças.
Na Bíblia, o formalismo é criticado como uma forma superficial de religiosidade, que se concentra em práticas externas, em vez de uma verdadeira relação com Deus.
O Formalismo e o Relacionamento com Deus
A Bíblia nos ensina que a verdadeira religião é uma questão de relacionamento, e não de ritual.
Em Mateus 15:8-9, Jesus diz:
“Esses gente fala, mas não cumpre. Pois eles ensinam doutrinas que são preceitos humanos.’
Aqui, Jesus está criticando aqueles que seguem formalmente as regras religiosas, mas não têm um relacionamento verdadeiro com Deus.
Exemplo de formalismo na Bíblia
Outro exemplo de crítica ao formalismo encontra-se em Isaías 29:13:
“Pois o Senhor diz: Pois estes meu povo se aproximam de mim com sua boca e me honram com sua língua, mas seu coração está longe de mim, e sua religião é uma religião vazia.”
Aqui, o profeta está criticando aqueles que praticam a religião de forma superficial, sem um coração verdadeiramente comprometido com Deus.
Qual o ensino bíblico?
A Bíblia também nos ensina que a verdadeira religião é uma questão de obediência.
Em 1 João 2:3-5, encontramos:
“E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor; e quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele. Nisto é revelado o amor de Deus em nós: em que Deus enviou seu Filho Unigênito ao mundo para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto é o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”
Aqui, a bíblia nos mostra que o amor e a obediência a Deus é a verdadeira religião.
Em resumo, o formalismo na Bíblia é apresentado como uma mera forma de religiosidade fria e infrutífera, que se concentra em práticas vazias em vez de uma verdadeira relação com o Deus vivo e pessoal.
A Bíblia nos ensina que a verdadeira religião é uma questão de relacionamento, obediência e amor ao Deus da Escritura. Devemos evitar o formalismo e buscar um relacionamento verdadeiro com Deus através da obediência e do amor.
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Formalismo nas igrejas
Eli Moreira
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Entendemos formalidade como a característica que uma pessoa ou grupo possuem de se manterem estratificados numa posição que parece perpetuar-se ao longo do tempo. É uma prática que existe há muito tempo por razões culturais, sociais e até religiosas.
Quando esta característica se cristaliza, poderíamos até falar em formalismo. O ato de se extremar passa a afirmar que os que vivem e pensam de outra maneira são de alguma
maneira menores do que aqueles que adotam o mesmo estilo de vida e conceitos.
“…Este povo honra-me com os lábios, mas o seus coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.”
Marcos 7:6 b-7
Do ponto de vista religioso tem entendido formalidade como a características de grupos e pessoas de guardarem-se apegados a tradições religiosas ao longo dos anos.
Eu não creio que exista um lugar onde a manutenção de costumes seja enfatizada como na igreja. A tendência a perpetuação parece tornar-se um fim em si mesma, como se a preservação de hábitos e costumes pudesse tornar alguém um ser espiritual.
Formalismo nas igrejas
Existe formalismo em todo tipo de religião cristã ou não cristã. Basta que eu repita ações e costumes sem refletir e eu serei uma pessoa que está seguindo uma formalidade.
O formalismo não é uma característica de igrejas históricas, mas uma manifestação humana de manter-se fiel à costumes e práticas que se repetem, de modo que eu torne a fazer o que meu pai e meu avô fizeram, sem refletir no completo significado de minhas ações. Assim, torno a fazer aquilo que meus antecessores fizeram, sem entender o profundo significado de um relacionamento com Deus.
Você pode fazer parte de uma igreja que valoriza diversos instrumentos musicais contemporâneos ou participar de uma igreja que ainda valoriza o órgão de tubo tão usado
nos concertos do passado – ainda assim, apesar das diferenças, você pode ser uma pessoa na qual o formalismo está se consolidando como parte de suas tradições e repetições sem reflexão, sem meditação.
Quando assumo este princípio de vida, colocando o relacionamento com Deus em segundo plano, e quando a repetição torna-se a essência de minha vida, torno-me um seguidor de doutrinas de homens e não alguém que procura intimidade com Deus.
Quando uma igreja torna-se formal, perde sua missão, que é relacionar-se com Deus, um Deus que intervém em sua história, optando por doutrinas humanas de repetição. Mas pelo contrário, porque Deus está vivo e deseja estar próximo de Seu povo, e porque aproximar-se dEle é a essência da verdadeira abandonemos doutrinas e preceitos humanos que nos afastem desta proximidade.
igreja e formalismo
Como saber se sou apegada as formalidades em minha fé?
Para adorar a Deus e segui-lo você precisa de coisas físicas, como o ambiente que siga uma métrica exatamente igual ao que está acostumado e uma sequência de ações repetidas sem que você reflita profundamente em seus atos?
Observe o que a Bíblia afirma:
“Mas, quando orarem, cada um vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, em segredo. Então seu Pai, que observa em segredo, os recompensará. Ao orar, não repitam frases vazias sem parar, como fazem os gentios. Eles acham que, se repetirem as palavras várias vezes, suas orações serão respondidas. Não sejam como eles, pois seu Pai sabe exatamente do que vocês precisam antes mesmo de pedirem.”
Mateus 6.6-8
Veja como Israel mantinha suas práticas religiosas e, contudo, se afastou de Deus:
“‘Andem, vão a Betel cometer pecados! Continuem a desobedecer em Gilgal! Ofereçam sacrifícios todas as manhãs e tragam seus dízimos a cada três dias. Apresentem seu pão com fermento como oferta de gratidão. Entreguem suas ofertas voluntárias para saírem se gabando delas! É o tipo de coisa que vocês, israelitas, gostam de fazer’, diz o SENHOR Soberano. ‘Eu trouxe fome sobre toda cidade, escassez de alimento sobre todo lugar. Nem assim vocês voltaram para mim’, diz o SENHOR.”
Amós 4.4-6
Quando você participa de cultos e eventos religiosos, você se sente vazio e sem sentido, não sabe a razão porque está aderindo a compromissos e atos religiosos?
Ou ainda quando você se compromete com ações que chama de “espirituais”, faz isto objetivamente por obrigação ou compromisso com a liderança de sua igreja?
O resumo de toda a lei de Deus é amar a Deus de todo o seu coração. Suas ações segundo a Bíblia precisam de alma, tudo que você fizer deverá ser reflexo do seu coração observe as palavras de Jesus:
“Respondeu-lhe Jesus: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua
alma e de todo o teu entendimento.'”
Mateus 22:37
Até quando o espelhamento de suas ações em seus lideres pode ser uma mera repetição ou uma ação espiritual?
“Sejam meus imitadores, como eu sou imitador de Cristo.”
1 Coríntios 11:1.
Enquanto eu vejo a conduta de alguém que vive de maneira espiritual e esta ação está conectada com a maneira como Cristo viveu e nos ensinou nas Escrituras, esta ação de procurar fazer o melhor vem de Deus. Quando ela é uma imitação de uma personalidade que você passou a seguir e que não reflete o que Cristo ensinou você pode
estar se afastando do Caminho que é o próprio Jesus.
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
João 14:6
As repetições não deixam marcas eternas no coração, elas partem de fora de comportamentos de repetição e se não foram fundamentadas no coração elas não se perpetuarão. Segundo o Senhor Jesus todas as ações espirituais deverão partir do coração e então tomar tudo
o que somos:
“Então, lhes disse: Assim vós também não entendeis? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e sai para lugar escuso? E, assim, considerou ele puros todos os alimentos. E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.”
Marcos 7.18-23
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O MAL DO FORMALISMO RELIGIOSO Malaquias 1:8 - Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos.
O formalismo religioso é um mal que pode assolar nossa comunhão com Deus sem que percebamos. Ele pode se apresentar a nós de muitos modos, mas, em suma, se refere a uma experiência de observância irrestrita de formalidades em detrimento de um relacionamento vivo com Deus. Troca-se o relacionamento pela participação. Envolve um ativismo que não é marcado pela devoção. Você faz tudo certo, mas pelos motivos errados.
Malaquias foi um dos profetas que tratou com o fenômeno do formalismo em Israel. O povo se acostumou com Deus e com a religião de tal modo que a devoção esvaziou. Isso pode acontecer com a gente, isso já aconteceu comigo. Consideramos o “estar presente” como tudo o que precisamos para viver a vida de Deus. Prestamos nosso culto a Deus querendo estar em casa, fechamos os olhos para orar, mas nossa mente está ocupada apenas com nossas necessidades mesquinhas. Afirmamos no momento do louvor congregacional que amamos a Deus, mas odiamos nosso irmão, feito a semelhança dEle.
Quanto de “vida” ainda resta em sua devoção a Deus? Saia do automático. Reflita em suas atitudes. Se olhe no espelho da Palavra de Deus e veja o quanto da imagem de Cristo resta em você. É tempo de despertarmos do sono!
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A Palavra de Deus insiste conosco quanto à necessidade que temos de orar, já que a oração foi instituída e é ensinada por Deus por nossa causa, para o nosso bem, não por alguma carência no ser de Deus. Aliás, os preceitos de Deus não visam simplesmente satisfazê-lo, mas, sim, propor caminhos para o homem, os quais, seguindo, será feliz e Deus será glorificado. Deus é glorificado por meio da obediência do Seu povo e somente assim o homem pode encontrar o sentido da vida e da eternidade.
Aliás, qual cristão não teria algo a dizer a respeito da graça da oração? Do seu significado para a sua vida cotidiana? Do conforto que pôde usufruir em momentos de angústia e tensão? A oração é um dos maiores privilégios que Deus nos concedeu visando a nossa edificação, conforto, alívio e, principalmente, como veículo de expressão de nossa adoração e gratidão ao nosso Pai Celestial.
O povo judeu era caracterizado por uma correta ênfase dada à oração. No Antigo Testamento, encontramos uma riqueza de referências à oração bem como uma demonstração vívida desta prática por parte do povo de Deus. Os ensinamentos rabínicos também traziam orientações diversas sobre a relevância e a necessidade dos homens manterem-se em comunhão com Deus por intermédio da oração.
Porém, com o passar do tempo – apesar de não haver nenhum ensinamento contrário –, penetraram alguns vícios na prática da oração.
O problema com qualquer sistema não está no sistema em si, senão nos homens que o usam. Qualquer sistema de oração pode converter-se em um instrumento devocional autêntico ou em uma formalidade que deve despachar-se o mais rápido possível, sem pensar em demasia em seu conteúdo.
...........................................A corrupção de uma prática geralmente está associada à matéria ou à forma; ou seja, em nome de uma suposta liberdade espiritual, podemos destruir toda a forma ensinada, considerando-a irrelevante; o que de fato pode acontecer. Outro modo de corrupção consiste em manter-se a forma estabelecida, tornando-se extremamente detalhista no aspecto visual, no seu aparato mas sem o espírito correto: destrói-se, assim, a essência do preceito. Parece-nos que este equívoco era o mais comum em Israel (1 Sm 15.22; Is 1.10-17; Os 6.6; Am 5.21-22; Mq 6.6-8), ainda que não o único (2 Cr 26.16-20; Ml 1.6-14).
Seguindo Barclay, podemos dizer que a palavra chave para estes vícios era o formalismo.[2]
Na prática da oração dos judeus, observamos quatro características principais que não eram necessariamente erradas, mas que tendiam a fortalecer um costume apenas formal, destituído do genuíno espírito que deve caracterizar todo o nosso procedimento religioso. Ei-las:
1. Formalismo quanto ao tempo
Os judeus devotos oravam, ainda que não exclusivamente, três vezes ao dia: às três, às seis e às nove horas. Estas horas equivalem às nossas nove, doze e quinze horas. (Veja-se: Dn 6.10; At 3.1).
2. Formalismo quanto ao lugar
O lugar principal de oração era o Templo ou a Sinagoga.
3. Formalismo quanto à forma da oração
Os judeus tinham duas orações principais:
a) Shemá:[3] (“ouve”), o “credo judeu”,[4] que consistia na leitura de Dt 6.4-9; 11.13-21 e Nm 15.37-41 e, possivelmente, Dt 26.5-9.[5] O “Shemá” era repetido três vezes ao dia.[6]
b) Shemone Esreh: (“Dezoito Bênçãos”). Estas bênçãos consistiam em uma série de louvores a Deus.[7] Também deveriam ser recitadas três vezes durante o dia. Posteriormente, já no período neotestamentário, o número de bênçãos teve o acréscimo de uma oração contra os hereges (Bênção nº 11); todavia para que o número 18 não fosse alterado, a bênção de nº 14 foi unida com a de nº 15.
Ambas as orações eram usadas liturgicamente.[8] Mesmo havendo alguns rabinos que se insurgissem contra a prática de se fixar as palavras desta oração, havia uma tendência de estabelecê-la de forma definida.[9]
4) Formalismo quanto à extensividade da oração
Muitos judeus entendiam que a oração para ser ouvida deveria ser longa e repetitiva.
Devemos observar que muitos judeus praticavam estes princípios com sinceridade; outros, entretanto, oravam de forma mecânica, como se estivessem repetindo uma série de sons sem sentido. Os rabinos, por sua vez, procuravam, em seus escritos, corrigir alguns destes desvios, mostrando o espírito correto que deve nortear a oração, contudo, os seus esforços, se não foram em vão, não eliminaram tal prática.[10]
No Novo Testamento, Jesus Cristo enfatizou a necessidade de os seus discípulos orarem, sendo Ele mesmo um modelo de oração para todos nós. Todavia, deve ser ressaltado que Jesus não exercitava a oração apenas para ser um exemplo para nós, antes “a oração foi, em algum sentido misterioso, uma parte necessária de Sua vida ministerial” (James Hastings, La Doctrina Cristiana de la Oración, Buenos Aires, Reproduzida de “La Reforma”, Revista 1920, p. 91).
No Texto de Mateus 6.5-15, Jesus combate algumas práticas erradas de oração e apresenta princípios que devem nortear a oração cristã. Como a Bíblia – a Palavra de Deus – é o nosso manual de oração, precisamos aprender com ela como devemos orar, por meio dos ensinamentos de Cristo.
João Calvino comenta:
A oração está propriamente fundamentada na Palavra de Deus. Não temos a liberdade, nesta matéria, de seguir as sugestões de nossa própria mente e arbítrio, mas devemos buscar a Deus somente até onde Ele nos convidou a aproximar-nos dele.[11]
A Oração do Senhor se constitui num modelo de oração para toda a Igreja em todos os tempos; por meio de seu estudo, podemos, mediante a iluminação do Espírito Santo, aprender uma série de princípios e orientações que devem nos guiar na escola da oração.
Continua Calvino em lugares diferentes:
Esta oração é tão perfeita que qualquer outra coisa que lhe seja acrescentada não a melhorará em nada, é contra Deus, e disso nenhum benefício nos será concedido por Ele. Porque na oração do Senhor nos é declarado tudo o que Lhe é agradável, tudo o que nos é necessário e tudo o que Ele nos quer dar.[12]
Em toda a divina Escritura nos é dada grande e copiosa doutrina disto; mas para melhor encaminhar-nos a um determinado fim o Senhor nos deu uma forma conveniente de orar, na qual compreendeu brevemente tudo o que convém pedir a Deus, e o dispôs em poucas petições.[13]
Na Oração do Senhor – “que é a oração representativa de todas”[14] –, encontramos uma “fórmula”, um “roteiro”, no qual o Senhor Jesus “nos propôs tudo quanto dele é lícito buscar, tudo quanto conduz ao nosso benefício, tudo quanto é necessário suplicar”, resume Calvino (1509-1564).[15] Acontece que, na prática, este privilégio só pode ser exercitado após termos aprendido, de forma vivencial, que tudo que é-nos necessário está em Deus. Portanto, ultrapassar esses princípios é, segundo Calvino, pecar contra Deus:
Todos os que queiram ir além dos termos da oração do Senhor e pretendam pedir a Deus algo que não esteja incluído e subentendido nela, cometem tríplice erro: Primeiro, querem acrescentar algo da sua sabedoria à de Deus (o que é uma grande blasfêmia); segundo, não se contentam com a vontade de Deus e não se mantêm subordinados a ela; terceiro, não serão ouvidos, porque não oram com fé. Pois é absolutamente certo que eles não podem orar com fé. Porque eles não têm nenhuma palavra de Deus a seu favor, e, se a fé não se apoiar no que Deus diz, não é fé. E não somente eles não têm coisa alguma da Palavra de Deus, mas também sempre e tanto quanto podem a transgridem.[16]
A Oração do Senhor sempre foi apreciada pela igreja.[17] Quanto ao seu uso litúrgico, não sabemos a partir de quando ela passou a ser empregada. Todavia, esta prática pode ser atestada como algo corrente em meados do 4º século, conforme evidencia Cirilo de Jerusalém (c. 315-386) na sua 23ª “Catequese Mistagógica” (c. 350).[18]
A Igreja, portanto, sempre teve um grande apreço por essa oração. Não sem razão. Nela temos o ensino do Senhor de como devemos nos aproximar do Pai, com reverência e sinceridade. Retornaremos a esse assunto. Que Deus mesmo nos conceda o espírito de oração!
O RACIONALISMO
O racionalismo é uma corrente filosófica que defende que a razão é a única forma de obter o conhecimento verdadeiro. Para os racionalistas, as ideias são inatas e vêm da racionalidade, não da experiência.
Principais características
A razão é a única fonte de conhecimento
O conhecimento verdadeiro é obtido pela racionalidade
As ideias são inatas, ou seja, nascem conosco
A dedução é o método superior de investigação filosófica
A busca da certeza é um princípio do racionalismo
Principais filósofos racionalistas René Descartes, Baruch Espinoza, Gottfried Wilhelm Leibniz.
Origens
As primeiras inclinações racionalistas remontam à Antiguidade clássica
O racionalismo começou a tomar forma durante o Renascentismo
Oposição ao empirismo
O racionalismo se opõe ao empirismo, que defende que o conhecimento vem da experiência prática.
O racionalismo afirma que tudo o que existe tem uma causa inteligível, mesmo que essa causa não possa ser demonstrada empiricamente, tal como a causa da origem do Universo. Privilegia a razão em detrimento da experiência do mundo sensível como via de acesso ao conhecimento.
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FILOSOFIA
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Racionalismo
Juliana Bezerra Juliana Bezerra Professora de História
O Racionalismo é uma corrente filosófica que atribui particular confiança à razão humana, ao passo que acredita que é dela que se obtém os conhecimentos.
Saber de onde vinha o conhecimento era uma preocupação da Filosofia. A tentativa de responder a essa questão resulta no aparecimento de pelo menos duas correntes filosóficas:
Racionalismo, que do latim ratio significa "razão";
Empirismo, que do grego empeiria significa “experiência”.
A doutrina do racionalismo alega que tudo o que existe tem uma causa inteligível, ainda que essa causa não possa ser provada empiricamente. Ou seja, somente o pensamento por meio da razão é capaz de atingir a verdade absoluta.
O Racionalismo baseia-se no princípio de que a razão é a principal fonte de conhecimentos e que essa é inata aos humanos.
Assim, o raciocínio lógico seria construído através da dedução de ideias, tal como os conhecimentos de Matemática, por exemplo.
Racionalismo Cartesiano
O Racionalismo Cartesiano ou Racionalismo de Descartes é uma referência que se faz ao pensamento de Descartes - um dos principais pensadores desta corrente.
René Descartes (1596-1650), de quem é célebre a frase: “Penso, logo existo”, lançou as bases do racionalismo. Para esse filósofo e matemático francês, havia três conjuntos de ideias:
Adventícias, representadas pelas ideias que abrolham por meio de informações obtidas pelos nossos sentidos;
Factícias, ideias que têm origem na nossa imaginação;
Inatas, que não dependem da experiência e estão na nossa mente ao nascermos.
Veja também: René Descartes
Racionalismo e Empirismo
Ao contrário do Racionalismo, que é basicamente razão, a corrente filosófica Empirismo prega que o ponto de partida para os conhecimentos é a própria experiência.
Para os defensores do Racionalismo, o Empirismo é duvidoso. Especialmente pelo fato de que a experiência de cada um decorre da percepção sensorial, a qual é, muitas vezes, sujeita a erros.
Veja também: Empirismo
Apriorismo Kantiano
E há, ainda, o apriorismo kantiano, de Kant (1724-1804). Para esse filósofo alemão, empirismo e racionalismo caminham de mãos dadas.
Racionalismo e Renascimento
O pensamento racionalista marcou a mudança de mentalidade propiciada pelo Renascimento.
O Renascimento foi um movimento cultural, econômico e político que teve origem no século XV, na Itália. Teve início com o declínio do sistema feudal e de outras características medievais.
Quanto ao Racionalismo Cristão, esse trata-se de uma doutrina que surgiu no Brasil a partir do movimento espírita, em 1910 e que foi difundida pelo mundo.
O que é o Racionalismo Cristão?
Racionalismo Cristão é uma filosofia espiritualista que explica o que somos e o que fazemos no planeta-escola Terra. A partir de conceitos claros e objetivos, orienta que o Todo Universal – a Vida do Universo no seu aspecto amplo e construtivo – é regido por leis evolutivas, às quais todos estão sujeitos. A partir da compreensão dessa realidade, entendemos melhor o nosso viver, obtendo os recursos espirituais necessários para alcançar bem-estar e felicidade.
Qual a finalidade da filosofia racionalista cristã?
O objetivo principal do Racionalismo Cristão é fortalecer não apenas o corpo físico, mas o espírito, esclarecendo os seres humanos por meio da espiritualidade que defende, divulga e pratica nas casas racionalistas cristãs em nível mundial. Seu foco é, portanto, a evolução espiritual em sua vida presente, sem preconceitos e dogmas.
A partir de um método próprio, a filosofia racionalista cristã disponibiliza aos estudiosos e pesquisadores da espiritualidade um manancial de ensinamentos já secular, com norteadoras práticas de conduta que orientam o ser humano para um viver mais consciente, equilibrado e harmônico.
O Que é Legalismo Religioso na Bíblia?
O Que é Legalismo Religioso na Bíblia?
Daniel Conegero
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Antes de saber o que é o legalismo religioso de acordo com a Bíblia, primeiramente é importante entender o que significa ser uma pessoa legalista. O legalismo basicamente é uma fidelidade à lei, no sentido de haver um apresso estrito por um código legal.
Então, num primeiro momento o legalismo parece ser algo bom, afinal geralmente presar pela legalidade é presar pela justiça. Mas também é possível que o legalismo acabe distorcendo a própria lei, desvirtuando o seu verdadeiro propósito e criando fundamentos que não existem a partir de interpretações pessoais da lei ou adições a ela. E é justamente dessa maneira que a Bíblia fala negativamente sobre o legalismo religioso.
Quando a Bíblia aponta alguém como legalista, ela não está indicando que a pessoa tem um cuidado minucioso em observar a lei corretamente, mas que a pessoa distorce a lei, acrescenta novas exigências à lei, e aplica a lei de um modo que foge ao seu propósito original. E quando se trata de salvação ou condenação eternas, essa questão do legalismo toma uma proporção muito maior.
Isso quer dizer que, em termos práticos, o legalismo religioso na Bíblia significa o ato de tentar manipular a lei de Deus em benefício próprio, fazer adições a essa lei e, principalmente, rejeitar a doutrina da graça de Deus. É dessa forma que várias pessoas são apresentadas na Bíblia como legalistas que precisavam de correção.
Exemplos de pessoas legalistas na Bíblia
Quando falamos em legalismo religioso na Bíblia, logo surgem dois exemplos principais: os fariseus e os judaizantes. Os fariseus formavam um grupo religioso entre os judeus que era conhecido por observar a lei mosaica em seus mínimos detalhes. Mas o rigor dos fariseus fazia com que eles se afastassem do verdadeiro significado e propósito da lei de Deus.
Na verdade, os fariseus eram tão legalistas nesse sentido que eles adicionavam regras e tradições humanas sobre a lei de Deus. Então, uma vez que em suas interpretações eles apontavam para exigências que não faziam parte da lei autorizada por Deus, consequentemente eles acabavam trocando a lei de Deus por tradições humanas. Portanto, curiosamente o legalismo dos fariseus os afastavam da verdadeira lei de Deus.
Já os judaizantes formavam um grupo que surgiu nos primeiros anos da Igreja Primitiva e que propagava a ideia de que os cristãos tinham de se enquadrar na observância dos costumes judaicos. Então, quando os gentios eram convertidos a Cristo, os judaizantes diziam que eles também tinham de se tornar judeus e cumpridores das leis cerimoniais de Israel se quisessem realmente pertencerem à comunidade da fé. Um exemplo claro do que pregavam os judaizantes, era a exigência da circuncisão para os cristãos gentios.
A Bíblia reprova o legalismo religioso
A Bíblia reprova tanto o legalismo dos fariseus quanto o legalismo dos judaizantes. Durante o seu ministério terreno, o Senhor Jesus condenou o legalismo dos fariseus revelando que eles colocavam fardos pesados sobre os ombros dos homens que nem mesmo eles estavam dispostos a carregar (Mateus 23:4). Esse é um típico comportamento dos legalistas: condenar as pessoas por não fazerem aquilo que eles também não fazem.
Na sequência, Jesus apontou que com o seu legalismo, os fariseus não estavam preocupados com a glória de Deus, mas apenas queriam o reconhecimento humano. Nesse ponto, é fácil perceber que Jesus mostrou que o legalismo e a hipocrisia estão intimamente ligados. Mais do que isso, Jesus ainda acusou os legalistas fariseus de fecharem o Reino de Deus diante das pessoas com suas tradições humanas que, ao invés de trazerem liberdade, traziam escravidão (Mateus 23:5-13).
O legalismo religioso dos judaizantes também foi duramente combatido pelo apóstolo Paulo. Tal como os legalistas fariseus do tempo de Jesus, os judaizantes também ensinavam um tipo de salvação pelas obras. Os judaizantes tentavam fazer adições ao Evangelho, como se a obra de Cristo fosse insuficiente. Mas a partir do momento que apenas um único detalhe é modificado no Evangelho, esse deixa de ser o Evangelho de Cristo e passa a ser um falso evangelho.
O perigo do legalismo religioso
O legalismo religioso apresenta um perigo muito sério ao crente, uma vez que ele perverte o significado do que é ser obediente ao Senhor e nega a doutrina da salvação pela graça. Sim, a Bíblia ensina que os cristãos devem viver sempre de acordo com a vontade de Deus revelada.
Mas a verdadeira obediência requerida pela Palavra de Deus tem em sua base o amor e a gratidão ao Senhor, e também a preocupação com a glória divina. Jamais a obediência cristã deve ser vista como um mecanismo para se obter o favor divino mediante obras meritórias. Portanto, o legalismo é um comportamento inimigo da graça de Deus.
O legalismo não promove mudanças profundas, apenas deixa supostamente bonito o exterior ao produzir aparência de sabedoria e piedade (cf. Colossenses 2:23). É por isso que o legalismo não tem nada a ver com a santificação. Por mais rigoroso que o legalismo religioso possa ser, ele jamais será capaz de gerar relacionamento e comunhão com o Senhor ou comprar o favor divino.
O legalismo já foi uma forte vertente do evangelicalismo brasileiro, perdeu forças, mas não morreu “Ele ainda está vivo e presente na igreja. Ainda é uma ameaça à saúde espiritual do povo de Deus por condicionar a salvação a atos, obras e comportamentos”.
Trata-se de um tipo de religiosidade antagônica aos ensinos das Escrituras, definiu, porque “dá mais valor à forma do que à essência; mais importância à tradição do que à verdade; valoriza mais os ritos religiosos do que amor”.
No texto, ele explicou que o legalismo é um termo usado pelos evangélicos “para descrever uma posição doutrinária que enfatiza um sistema de regras e regulamentos para alcançar salvação e crescimento espiritual”. Seus seguidores, continuou, acreditam que “é necessário obedecer a ditos e regulamentos com vistas à salvação”.
Se você quer humilhar alguém na igreja, você simplesmente tem que usar aquela palavra com “L” quando fala com ou sobre essa pessoa. O número de vezes que um crente chamou outro crente de legalista é incalculável. O insulto geralmente ocorre quando alguém na igreja acredita que o outro disse ou fez algo que afeta a liberdade cristã. Como seu termo irmão, “fundamentalista”, o rótulo legalista tornou-se uma espécie de insulto religioso convencional em igrejas orientadas pela graça e centradas no evangelho. Devemos ser extremamente cuidadosos ao usar essa palavra ao falar com ou sobre os outros na comunhão da igreja. Pode ser que um crente simplesmente tenha uma consciência mais fragilizada ou mais flexível do que o outro (Rm 14–15). Além disso, aqueles que amam a lei de Deus, e procuram andar cuidadosamente de acordo com ela, estarão sempre suscetíveis a serem chamados de legalistas.
Devemos nos proteger contra o descuido de uma acusação de legalismo. No entanto, devemos também reconhecer que o legalismo em variados perfis e formas está vivo e bem nas igrejas evangélicas reformadas, e isso também deve ser vigiado com a máxima determinação. A fim de evitar acusar falsamente um crente, a fim de evitar abraçar pessoalmente o legalismo e a fim de ajudar a restaurar um crente que caiu no legalismo, devemos saber como identificar esse mal recorrente tanto em suas formas doutrinárias quanto práticas.
Legalismo Doutrinário
O legalismo é, por definição, uma tentativa de acrescentar algo à obra completa de Cristo. É confiar em outra coisa senão em Cristo e em sua obra completa e permanente diante de Deus. A refutação do legalismo no Novo Testamento é primariamente uma resposta às perversões da doutrina da justificação somente pela fé. A maioria dos oponentes do Salvador eram aqueles que acreditavam que eles eram justos em si e por si mesmos, com base em seu zelo e compromisso com a lei de Deus. Os fariseus, saduceus e escribas exemplificavam, por suas palavras e ações, o legalismo doutrinário nos dias de Cristo e dos Apóstolos. Enquanto eles faziam apelos ocasionais à graça, eles se autojustificavam, truncavam e distorciam o significado bíblico da graça. O apóstolo Paulo resumiu a natureza do legalismo judaico quando escreveu: “Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus. Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10. 3,4).
Compreender a relação entre a lei e o evangelho para nossa justificação é fundamental para aprender a evitar o legalismo doutrinário. As Escrituras ensinam que somos justificados pelas obras do Salvador, não pelas nossas. O último Adão veio para fazer tudo o que o primeiro Adão deixou de fazer (Rm 5. 12-21; 1Co 15. 47-49). Cristo nasceu “sob da lei, para remir os que estavam sob da lei” (Gl 4. 4,5). Ele veio para ser nosso representante a fim de cumprir as exigências legais da aliança de Deus, a saber, prestar a Deus obediência perfeita, pessoal e contínua em nome de seu povo. Jesus mereceu perfeita justiça para todos aqueles que o Pai lhe havia dado. Nós, através da união de fé com ele, recebemos um status de justiça em virtude da justiça de Cristo imputada a nós. Em Cristo, Deus provê o que ele próprio exige. As boas obras pelas quais Deus redimiu os crentes, para que pudéssemos caminhar nelas, de modo algum contribuem para nossa justificação. Elas são apenas a evidência de que Deus nos perdoou e nos aceitou em Cristo.
No entanto, o legalismo doutrinário também pode penetrar em nossas mentes pela porta dos fundos da santificação. O apóstolo Paulo deixou claro em Gálatas 3. 1–4, que os membros da igreja na Galácia se deixaram enganar e acreditaram que sua posição diante de Deus dependia, em última análise, do que eles alcançaram “na carne”, na continuação de sua vida cristã. É possível, para nós, começarmos a vida cristã crendo em Cristo e em sua obra salvadora e, então, cairmos na armadilha de imaginar que é inteiramente nossa responsabilidade terminarmos o que ele começou. Na santificação, não menos do que na justificação, as palavras de Jesus são verdadeiras: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5).
O legalismo doutrinário na santificação é as vezes alimentado por pregadores apaixonados que enfatizam o ensinamento de Jesus sobre as exigências do discipulado cristão ao mesmo tempo em que se divorciam deles ou minimizam o ensino apostólico sobre a natureza da obra salvadora de Cristo pelos pecadores. O renomado teólogo reformado, Geerhardus Vos, explicou a natureza dessa forma sutil de legalismo quando escreveu:
“Prevalece ainda uma forma sutil de legalismo que roubaria do Salvador a sua coroa de glória, conquistada pela cruz, e faria dele um segundo Moisés, oferecendo-nos as pedras da lei em vez do pão da vida do Evangelho. . . [legalismo é] impotente para salvar”.
Em Colossenses 2.20–23, o apóstolo Paulo toca em mais uma forma de legalismo doutrinário que entra pela porta dos fundos da santificação. Ele escreve:
“Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade”.
Aqueles que abraçaram essa forma de legalismo doutrinário proíbem o que Deus não proibiu e ordenam o que ele não ordenou. Eles impõem a si mesmos e aos outros um padrão de santidade externa, ao qual Deus não estabeleceu em Sua Palavra. Essa é uma das formas mais predominantes e perniciosas de legalismo na igreja hoje. Muitas vezes vem na forma de proibições contra comer certos alimentos e beber álcool. Às vezes, insinua-se através de convicções pessoais sobre paternidade e educação.
Legalismo Prático
Existe outro tipo de legalismo contra o qual devemos estar atentos – o legalismo prático que pode, imperceptivelmente, assumir o controle de nossos corações. Por natureza, a aliança das obras está gravada em nossas consciências. Ainda que os crentes se tornaram novas criaturas em Cristo, eles ainda carregam consigo o velho homem – a velha natureza pecaminosa de Adão. O comportamento padrão da velha natureza é o de mentalmente se colocar novamente sob o pacto das obras. Estamos sempre em perigo de nos tornarmos legalistas práticos alimentando ou negligenciando o espírito legalista.
É totalmente possível para um homem ou uma mulher ter uma mente cheia de doutrina ortodoxa, ao mesmo tempo que tem um coração cheio de autojustiça e orgulho. Podemos estar intelectualmente comprometidos com as doutrinas da graça e ter um “discurso vazio” quanto à liberdade que Cristo comprou para os crentes, ao mesmo tempo em que negamos isso por meio de nossas palavras e ações. Um espírito legalista é fomentado pelo orgulho espiritual. Quando um crente experimenta crescimento ou força no conhecimento espiritual, ele está em perigo de começar a confiar somente em sua experiência espiritual. Quando isso acontece, os legalistas práticos começam a desprezar os outros e julgar pecaminosamente aqueles que não experimentaram o que eles experimentam. Em seu sermão “Trazendo a Arca para Sião uma segunda vez”, Jonathan Edwards explicou que havia observado a realidade do orgulho espiritual e do legalismo prático entre aqueles que haviam experimentado o reavivamento durante o “Grande Despertamento”:
“Há uma disposição excessiva nos homens, enquanto vivem, para fazer justiça ao que são em si mesmos, e uma disposição excessiva nos homens para fazer uma justiça de experiências espirituais, bem como outras coisas. . . um convertido é capaz de ser exaltado com altos pensamentos de sua própria eminência na graça”.
Talvez o mais prejudicial de todos seja o modo pelo qual um espírito legalista pode se manifestar no púlpito. Um ministro pode pregar a graça de Deus no evangelho sem experimentar essa graça em sua própria vida. Isso, por sua vez, tende a alimentar um espírito legalista entre certos membros da igreja.
A cura para o legalismo
A graça de Deus no evangelho é a única cura para o legalismo doutrinário e prático. Quando reconhecemos o legalismo doutrinário ou prático em nossas vidas, devemos fugir para o Cristo crucificado. Ao fazê-lo, novamente começaremos a crescer em nosso amor por aquele que morreu para nos curar de nossa propensão a confiar em nossas próprias obras ou realizações. Precisamos diariamente ser lembrados da graça que cobriu todos os nossos pecados, nos proveu com a justiça que vem de fora de nós mesmos e nos libertou do poder do pecado. Só então poderemos seguir com alegria a santidade. Só então amaremos a lei de Deus sem tentar guardá-la para nossa justificação diante dele. O grito de um coração libertado do legalismo é este:
“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão”. (Gl 2. 20–21).
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PERGUNTA
O que a Bíblia diz sobre o legalismo?
RESPOSTA
A palavra "legalismo" não pode ser encontrada na Bíblia. É um termo que os Cristãos evangélicos usam para descrever uma posição doutrinária que enfatiza um sistema de regras e regulamentos para alcançar salvação e crescimento espiritual. Legalistas acreditam que é necessário ter uma aderência estrita e literal a essas regras e regulamentos. De acordo com a doutrina ensinada na Bíblia, essa posição vai de encontro à graça de Deus. Aqueles que defendem uma posição legalista podem até deixar de entender o verdadeiro propósito da lei, principalmente da lei de Moisés no Velho Testamento, a qual é para ser um “professor” ou “tutor” para nos levar a Cristo (Gálatas 3:24).
Em relação à disposição de alguns, legalismo é o contrário de ser gracioso, por isso até crentes podem ser legalistas. Somos ensinados, no entanto, a ser graciosos uns com os outros: "Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões" (Romanos 14:1). É triste dizer que alguns defendem sua posição escatológica de uma forma tão forte que acabam excluindo outras pessoas de sua comunhão antes de dar-lhes a chance de expressar uma opinião diferente. Isso também é legalismo. Muitos crentes legalistas de hoje cometem o erro de exigir uma aderência inadequada às suas interpretações bíblicas e até mesmo às suas tradições. Por exemplo, alguns acham que para serem espirituais eles precisam evitar cigarro, bebidas alcóolicas, danças, filmes, etc. A verdade é que evitar essas coisas não é garantia de espiritualidade.
Para evitar cair no erro do legalismo, podemos começar a aplicar as palavras do apóstolo João: "Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (João 1:17). Lembre-se também de ser gracioso, especialmente aos irmãos e irmãs em Cristo. "Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster" (Romanos 14:4). "Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus" (Romanos 14:10).
Uma conselho de precaução é necessário aqui. Enquanto precisamos ser graciosos uns com os outros e tolerantes do desacordo sobre assuntos disputáveis, não podemos aceitar heresia. Somos exortados a batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Judas 3). Se nos lembrarmos dessas diretrizes e então aplicá-las em amor e misericórida, estaremos protegidos contra o legalismo e heresia. "Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo" (1 João 4:1-3).
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Você, como cristão, já foi acusado de legalismo? Essa palavra é frequentemente usada de forma errada na subcultura cristã. Por exemplo, algumas pessoas podem chamar João de legalista, porque o consideram como alguém intolerante. Mas o termo legalismo não se refere à intolerância. Na realidade, o legalismo se manifesta de muitas maneiras sutis.
Basicamente, o legalismo implica tirar a lei de Deus de seu contexto original. Algumas pessoas parecem estar preocupadas na vida cristã em obedecer às regras e regulamentos ao conceber o cristianismo como uma série de coisas que devemos e não devemos fazer, um conjunto frio e mortal de princípios morais. Essa é uma forma de legalismo, em que a pessoa se preocupa apenas em guardar a lei de Deus como um fim em si mesma.
Ora, Deus certamente se preocupa com o fato de seguirmos Seus mandamentos. No entanto, há mais na história que não ousamos esquecer. Deus deu leis como os Dez Mandamentos no contexto da aliança. Em primeiro lugar, Deus foi misericordioso. Ele redimiu Seu povo da escravidão no Egito e entrou em um relacionamento amoroso e filial com Israel. Apenas depois que esse relacionamento baseado na graça foi estabelecido, Deus começou a definir as leis específicas que são agradáveis a Ele. Tive um professor na pós-graduação que disse: “A essência da teologia cristã é a graça e a essência da ética cristã é a gratidão.” O legalista isola a lei do Deus que deu a lei. Ele não está tanto procurando obedecer a Deus ou honrar a Cristo, mas sim obedecer a regras que são desprovidas de qualquer relacionamento pessoal.
Não há amor, alegria, vida ou paixão. É uma forma mecânica de cumprimento da lei que chamamos de externalismo. O legalista se concentra apenas em obedecer regras simples, e destrói o contexto mais amplo do amor e redenção de Deus no qual Ele deu Sua lei em primeiro lugar.
Para entender o segundo tipo de legalismo, devemos lembrar que o Novo Testamento distingue entre a letra da lei (sua forma externa) e o espírito da lei. A segunda forma de legalismo separa a letra da lei do espírito da lei. Obedece à letra, mas quebranta o espírito. Existe apenas uma sutil distinção entre esta forma de legalismo e a mencionada anteriormente.
Como alguém guarda a letra da lei, mas quebranta seu espírito? Suponha que um homem goste de dirigir seu carro na velocidade mínima exigida, independentemente das condições sob as quais ele está dirigindo. Se ele estiver em uma rodovia interestadual e a velocidade mínima indicada for de 60km/h, ele dirige nesse limite e não menos. Faz isso mesmo durante chuvas torrenciais, quando dirigir nessa velocidade mínima exigida realmente coloca outras pessoas em perigo, porque tiveram o bom senso de diminuir a velocidade e dirigir a 30 km/h para não derrapar ou aquaplanar. O homem que insiste em uma velocidade de 60 km/h, mesmo nessas condições, está dirigindo seu carro para agradar a si mesmo. Embora apareça para o observador externo como alguém que é escrupuloso em sua obediência cívica, sua obediência é apenas externa e ele não se importa com o que a lei realmente trata. Este segundo tipo de legalismo obedece aos aspectos externos enquanto o coração está longe de qualquer desejo de honrar a Deus, a intenção de Sua lei ou seu Cristo.
Esse segundo tipo de legalismo pode ser ilustrado pelos fariseus que confrontaram Jesus sobre a cura no sábado (Mt 12:9-14). Estavam preocupados apenas com a letra da lei e evitavam qualquer ação que pudesse parecer trabalho para eles. Esses mestres perderam o espírito da lei, que era dirigida contra o trabalho comum que não é necessário para manter a vida e não contra os esforços para curar os enfermos.
O terceiro tipo de legalismo acrescenta nossas próprias regras à lei de Deus e as trata como divinas. É a forma mais comum e mortal de legalismo. Jesus repreendeu os fariseus neste exato ponto, ao expressar: “Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens.” Não temos o direito de criar restrições ao que Ele não restringiu.
Cada igreja tem o direito de estabelecer suas próprias políticas em certas áreas. Por exemplo, a Bíblia não diz nada sobre refrigerantes no salão social da igreja, mas uma igreja tem todo o direito de regulamentar tais coisas. Mas quando usamos essas políticas humanas para vincular a consciência de uma forma definitiva e torná-las determinantes para a salvação de alguém, nos aventuramos perigosamente em um território que é apenas de Deus.
Muitas pessoas pensam que a essência do cristianismo é seguir as regras corretas, mesmo as regras extrabíblicas. Por exemplo, a Bíblia não diz que não podemos jogar cartas ou tomar uma taça de vinho no jantar. Não podemos fazer desses assuntos o teste externo do cristianismo autêntico. Isso seria uma violação fatal do evangelho, porque substituiria a tradição humana pelos verdadeiros frutos do Espírito. Chegamos perigosamente perto da blasfêmia ao deturpar Cristo dessa maneira. Onde Deus deu liberdade, nunca devemos escravizar as pessoas com regras feitas pelo homem. Devemos ter o cuidado de combater essa forma de legalismo.
O evangelho chama os homens ao arrependimento, santidade e piedade. Por causa disso, o mundo considera o evangelho ofensivo. Mas, ai de nós se aumentarmos desnecessariamente essa ofensa, e distorcer a verdadeira natureza do cristianismo, combinando-a com o legalismo. Visto que o cristianismo se preocupa com a moralidade, a retidão e a ética, se não formos cuidadosos podemos facilmente fazer essa mudança sutil de uma preocupação fervorosa pela moralidade piedosa para o legalismo.
A acusação de “legalismo” formulada pelos evangélicos em geral tem sido muito comum nos dias de hoje. Se um crente vai à igreja todos os domingos, se evita a aproximação muito forte de incrédulos de vida torta, se foge de vícios e de excessos, se procura uma comunidade de fé que zele pela decência e pela ordem, se evita ter a boca suja, se condena o namoro promíscuo ou mesmo se repudia a prática homossexual, logo surge alguém apontando o dedo e dizendo: “Esse crente é um fanático legalista. Ele ainda não sabe que estamos na época da graça!”.
Quando vemos essa postura difundida entre os cristãos por aí afora, parece que a única conclusão a que podemos chegar é que uma grande parcela do evangelicalismo moderno proclamou uma espécie de independência. Sim, uma independência em que as pessoas se dão o direito de não se submeter a Cristo e à sua Palavra nas esferas que julgam pesadas demais. E, pior: Essa gente proclamou a tal independência usando como base um conceito equivocado da graça, definindo-a como a liberdade concedida por Deus para que vivamos da forma como achamos melhor.
Assim, imitando os falsos mestres condenados na Epístola de Judas, muitos crentes de hoje “transformam em libertinagem a graça de nosso Deus” e, como consequência prática disso, rejeitam a soberania única do nosso Senhor Jesus Cristo sobre as suas vidas (Jd 4). Tendo se afastado das lições que ouviram no início da vida cristã, eles começaram a pensar que a graça divina confere a todos uma carta branca para que vivam como bem entendem, livres de quaisquer princípios que, porventura, os restrinja ou os condene em algum sentido (Jd 4).
Com a cabeça cheia dessas ideias e jamais sendo corrigidos (uma vez que nada de proveitoso emana dos púlpitos a que assistem), taxam, enfim, de legalismo qualquer forma de zelo ou de obediência cristãos, acreditando que, caso acolham modelos rigidamente bíblicos de vida, serão oprimidos pela necessidade de negar suas ideias e desejos pessoais.
É triste, mas proclamando sua independência, esses crentes perderam de vista a figura de “servo humilde do Senhor” que deve caracterizar a jornada de todo crente nesse mundo. De fato, esqueceram-se de que não são senhores de suas vidas, não tendo o direito de criar seus próprios princípios, valores e modos de vida. Esqueceram-se de que, estando submetidos a uma vontade celeste soberana, precisam acolher tudo que ela ordena em termos de como devem pensar, falar e agir.
Sinceramente, eu prefiro pensar que as pessoas que se incomodaram com a postagem da minha filha não se encaixam em nada disso. Prefiro pensar que elas simplesmente tiveram uma reação impensada, movida por qualquer detalhe que as tenha chateado. Prefiro, sim, pensar que elas são zelosas de cada detalhe das Escrituras, exatamente como ensinaram os crentes antigos, aqueles que conhecemos quando criança. Prefiro acreditar, enfim, que o cristianismo sem senhorio, desfigurado pelos conceitos seculares que fazem barulho por aí (como o feminismo que odeia a figura da dona de casa “oprimida”), jamais tenham se infiltrado em seus corações, pois quando o crente descuidado acolhe tais coisas, tudo que recebe em troca é frieza espiritual, insatisfação no coração, vazio na alma e, muitas vezes, vergonha e escândalos na vida.
Ah, eu escrevi, escrevi, escrevi e não respondi à pergunta que encabeça este texto. Bom, segue aqui a resposta: Legalismo é a visão teológica que atribui a salvação eterna à estrita observância de regras. Por outro lado, viver como crente zeloso, sujeito aos ensinos e princípios da Palavra de Deus tem outro nome: “Obediência”.
domingo, 19 de janeiro de 2025
A EXULTAÇÃO DA ESPERANÇA
A exultação da esperança é a demonstração de grande alegria e prazer, ou seja, o júbilo.
A esperança é uma força para os fiéis, que se baseia na ressurreição de Cristo. A exultação da esperança é mencionada na Bíblia, no livro de Hebreus, capítulo 3, versículo 6.
A passagem diz: "Cristo, porém, como Filho, é fiel em sua casa. Esta casa somos nós, se guardarmos firme a ousadia e a exultação da esperança". Aquele que nos fala hoje é superior a todos os anjos, porque é o próprio Deus. Deus está falando hoje por meio do seu filho Jesus Cristo. Todos os ensinamentos que nos deixou estão exarados em suas sagradas escrituras. As perguntas que seguem, no entanto, são: Quem está ouvindo a sua mensagem? Quem está investindo tempo em conhecê-lo? E quem está levando essa mensagem a sério?
Significado de Impio
Religião.......................................................................................................................................................................................
Significado de Impio .............................................................................................................................................
Revisão por Denise Alves Pedagoga, mestre em Literatura e formanda em Teologia .........................................................................................................................................
O que é Impio:
Na Bíblia a palavra "ímpio" refere-se a alguém que vive de maneira contrária aos mandamentos e à vontade de Deus. Este termo é sinônimo de incrédulo, descrente, néscio, injusto, tolo, corrupto, insensato, enfim, um pecador impenitente. A palavra ímpio descreve alguém que pratica a impiedade, que é moralmente corrupto, injusto e que rejeita e desrespeita a autoridade divina.
A impiedade é o estado ou qualidade de quem não tem piedade, isto é, alguém sem devoção, sem fé, e sem afeição por Deus e seus ensinos. A vida dos ímpios é caracterizada por ações e comportamentos considerados pecaminosos, em direta oposição à justiça e à santidade de Deus. De modo geral, o ímpio não respeita aos preceitos de Deus, e não se importa de violar as Suas Leis.
Características dos ímpios na Bíblia:
1. Rejeitam a Deus: Os ímpios não reconhecem Deus em suas vidas e frequentemente negam Sua existência ou relevância. Ex: "Diz o tolo no seu coração: “Não há Deus”. Eles se corromperam e cometeram injustiças detestáveis; não há ninguém que faça o bem. (Salmos 53:1)
2. Têm comportamento imoral: Os ímpios são frequentemente associados a comportamentos imorais, como mentira, roubo, adultério, arrogância, egoísmo, vingança, desonestidade, crueldade e outros atos de injustiça. Ex: "As maldades do ímpio o prendem; e as cordas do seu pecado o aprisionam. Por falta de disciplina morrerá; andará cambaleando por causa da sua grande insensatez." (Provérbios 5:22-23)
3. São orgulhosos e arrogantes: Os insensatos são frequentemente pretensiosos e arrogantes, confiando em sua própria sabedoria e força em vez de buscar a orientação de Deus. Ex: "Na sua arrogância, o ímpio persegue o pobre; que aquele, porém, seja apanhado em suas próprias tramas. O ímpio se gaba da sua própria cobiça, e o avarento amaldiçoa e insulta o SENHOR. Na sua presunção, o ímpio não o busca; não há lugar para Deus em nenhum dos seus planos. (Salmos 10:2-4)
4. Praticam a injustiça e desonestidade: A Bíblia descreve os ímpios como aqueles que praticam a injustiça e o mal, oprimindo os justos e os pobres. São perversos nas suas decisões e escolhas. Ex. "O ímpio aceita às escondidas o suborno, para desviar o curso da justiça." (Provérbios 17:23)
5. Não têm temor de Deus: Eles não temem a Deus, o que significa que não respeitam Seus mandamentos nem se preocupam com o julgamento divino. Muitas dessas pessoas também blasfemam e falam mal de Deus. Ex: "Por que o ímpio insulta Deus, dizendo no seu íntimo: 'De nada me pedirás contas!'?" (Salmos 10:13)
As consequências para os ímpios
Na realidade, as atitudes e comportamentos errados trazem sempre as suas consequências. A Bíblia apresenta uma realidade clara e séria dos frutos da impiedade. Os ímpios terão que arcar com as consequências dos seus atos. Temporariamente, os ímpios podem experimentar conflitos, derrota, falta de paz, e injustiças na vida.
Espiritualmente, os ímpios estão separados de Deus e cegos para a verdade. Nesta condição, eles não conseguem desfrutar das bênçãos de Deus. Eternamente, enfrentarão o juízo final e a condenação ao inferno, perdendo a vida eterna. Apesar dessas duras advertências, todos os ímpios são chamados ao arrependimento e à busca pela justiça e obediência a Deus.
"Que o ímpio abandone o seu caminho, e o homem mau, os seus pensamentos. Volte‑se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele; volte‑se para o nosso Deus, pois ele dá de bom grado o seu perdão."
- Isaías 55:7
Concluindo, ser ímpio na Bíblia significa viver de maneira que é contrária à vontade de Deus, rejeitando Seus mandamentos e praticando a injustiça. A impiedade é condenada nas Escrituras, mas Deus chama todas as pessoas ao arrependimento para serem perdoados e viver uma vida justa e piedosa.
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