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sexta-feira, 17 de maio de 2024

UM PIONEIRO DO ARREBATAMENTO ARREBATAMENTO PRÉ-TRIBULACIONISTA

Um Pioneiro do Arrebatamento Pré-Tribulacionista 

#EuSouPrétribulacionista

Muitos hoje ficam surpresos por verificar que a maioria dos defensores do pré-milenismo pré-tribulacionista dispensacional antes da Primeira Guerra Mundial pertencia aos círculos presbiterianos. James Hall Brookes (1830-1897), um ministro presbiteriano muito conhecido em seus dias, é considerado o pai do pré-tribulacionismo e do dispensacionalismo americanos. Brookes foi um dos primeiros a ensinar o Arrebatamento pré-Tribulação e as verdades dispensacionalistas que o acompanham, na América pós Guerra Civil. O ministério dele foi caracterizado pela dedicação a uma exposição bíblica versículo por versículo das Escrituras e por uma asserção e defesa firmes da inspiração completa e infalível da Escritura Sagrada. Ele foi um pastor muito amado, que demonstrava grande integridade pessoal e espiritualidade, e que exerceu muita influência nacional tanto dentro da denominação quanto por todo o âmbito evangélico.[1]

Vida Pregressa

Brookes nasceu no dia 27 de fevereiro de 1830, em Pulaski, no estado americano do Tennessee. Seu pai, um ministro presbiteriano, morreu de cólera em junho de 1833, deixando a família e James em uma situação financeira de pobreza. Ambos os avós de James eram também ministros presbiterianos. Brookes aparentemente tornou-se crente em Cristo com a idade de oito anos e também começou a se sustentar nessa mesma ocasião. Quando Brookes tinha 14 anos, foi-lhe oferecida uma designação na Academia Militar de West Point, mas ele não a aceitou porque, em vez disso, desejava se preparar para o ministério. A maior parte da educação formal de James até aos 14 anos foi ministrada por sua mãe, que era bem educada e capaz de oferecer uma excelente instrução escolar. Aos 16 anos, James se tornou professor em Pulaski, Tennessee, e economizou tanto dinheiro quanto lhe foi possível a fim de poder pagar seus estudos na faculdade.

James acabou começando sua carreira na faculdade com 20 anos e entrou na Universidade de Miami em Oxford, no estado americano de Ohio. Ele foi colocado em turma mais adiantada por causa de suas habilidades acadêmicas e de seu treinamento anterior. Durante seu último ano no curso de graduação, Brookes assumiu estudos adicionais no Seminário Presbiteriano Union de Oxford, Ohio, a fim de se equipar melhor para conseguir fazer seu treinamento ministerial em Princeton. Brookes se formou na Universidade de Miami em 1853 e entrou para o Seminário Teológico de Princeton em Nova Jérsei no mesmo ano. Ele não somente recebeu o diploma de graduação na Universidade de Miami, mas foi lá que encontrou sua esposa, Susan Oliver, filha de um proeminente médico. Diz-se que Susan era excepcionalmente bonita e bem educada, e que seria uma ótima esposa de pastor. Eles se casaram no dia 2 de maio de 1854, em Dayton, Ohio, onde Brookes se tornou pastor da Primeira Igreja Presbiteriana. James terminou seus estudos de pós-graduação no Seminário de Princeton, que naquela época era considerado o melhor e mais conservador seminário nos Estados Unidos. Em 1854, foi ordenado pelo seminário por conta de seus estudos de pós-graduação.

Vida Pastoral

De 1854 a 1858, Brookes pastoreou sua primeira igreja em Dayton. A seguir, ele foi chamado para pastorear a Segunda Igreja Presbiteriana, em Saint Louis, estado americano do Missouri. Em Missouri ele permaneceu até sua morte, em 1897. Quando a Guerra Civil irrompeu, no início dos anos 1860, uma série de acontecimentos levou Brookes a renunciar a seu cargo na igreja. Exatamente no dia seguinte, ele foi chamado a uma nova igreja e aceitou o chamado da Igreja Presbiteriana nas ruas Décima Sexta com Walnut, que foi onde ele serviu como pastor até sua morte. (Essa igreja mais tarde mudou e se tornou a Igreja Presbiteriana nas avenidas Washington e Campton.) A nova Igreja Presbiteriana cresceu rapidamente e passou a ser a maior e mais influente igreja em Saint Louis.

A pregação de Brookes era extremamente popular onde quer que ele falasse. Ele foi um pioneiro em seus dias, com sua ênfase na exposição da Bíblia em inglês em uma época que a maioria apresentava tratados teológicos nos púlpitos. Um dos autores que escreveu sua biografia observou que ele manteve essas visões mesmo enquanto estava no Seminário.

Ele também afirmava que os seminários teológicos não davam o devido valor à Bíblia em inglês. Ele, o defensor da Bíblia em inglês, sempre falava e não poupava esforços quando discutia sobre esse ponto. Ele disse que a média dos formandos do seminário “sabia demais sobre a Bíblia, mas não o suficiente da Bíblia”.[2]

Embora não negligenciasse o importante papel do grego e do hebraico para o expositor bíblico, Brookes proporcionou um grande legado que foi seguido, nos últimos 150 anos, pelos excelentes professores que ministravam versículo por versículo. Esta ênfase na Bíblia em inglês estava no coração dos fundadores do primeiro Departamento de Exposição Bíblica do Seminário Teológico de Dallas.

Ministério e Influência

É inquestionável que, durante a última terça parte do Século XIX, Brookes foi o mais famoso e influente ministro presbiteriano da América. Ele começou seu ministério literário nos anos 1860 e produziu no mínimo 26 livros que foram publicados e cerca de 200 porções bíblicas. No início dos anos 1870, ele publicou Maranata, uma obra abrangente sobre escatologia que foi um dos trabalhos mais populares que ensinava o Arrebatamento pré-Tribulação. Outros livros sobre profecia incluíram: Israel and the Church [Israel e a Igreja], Bible Reading on the Second Coming [Leitura Bíblica Sobre a Segunda Vinda] e Till He Come [Até que Ele Venha], título que mais tarde foi trocado por I Am Coming [Eu Estou Chegando]. Brookes defendeu valorosamente a inspiração completa das Escrituras numa época em que as visões liberal e crítica da Bíblia estavam entrando na Igreja Presbiteriana e em outras denominações americanas. Foi quando ele escreveu God Spake All These Words [Deus Falou Todas Estas Palavras].

Em 1875, Brookes começou um periódico mensal denominado The Truth or Testimony for Christ [A Verdade ou Testemunho por Cristo], que finalmente chegou a ter uma circulação de mais de 40.000 exemplares. Ele continuou a servir como editor até a sua morte, e através dessa publicação ele estimulava os cristãos no evangelismo, e no estudo das profecias. Depois de sua morte, o periódico fundiu-se com The Watchword [Palavra de Ordem], que mais tarde ficou conhecido como The Watchword and Truth [Palavra de Ordem e Verdade].

Durante todos os anos do ministério de Brookes, ele foi um participante ativo em eventos denominacionais e interdenominacionais. James foi eleito moderador da assembleia geral múltiplas vezes. Este era o ofício mais importante dentro de sua denominação na América. Foi um palestrante muito conhecido em conferências bíblicas, em encontros da YMCA, e em conferências sobre profecias. Em 1875, James foi um dos fundadores e presidente de uma conferência anual que finalmente se tornou conhecida como a Conferência Bíblica de Niágara. Esse evento anual em Niagara-on-the-Lake, em Ontário, Canadá, tornou-se a principal conferência para estudiosos da Bíblia nos últimos anos do Século XIX. Durante sua existência, a conferência era interdenominacional e pré-milenista. Ela era incondicionalmente pré-tribulacionista em perspectiva até que a controvérsia entre pré-tribulação e pós-tribulação passou a ser pública depois da morte de Brookes. A controvérsia doutrinária, as incertezas quanto à localização e a morte de Brookes levaram ao seu declínio e, em 1900, foi realizada a última conferência. O Instituto Bíblico Brookes, em Saint Louis, recebeu o nome em homenagem ao Dr. Brookes e é hoje denominado Brookes Bible College [Faculdade de Teologia Brookes]. Por todos os seus anos, Brookes foi um líder indiscutível e, através de seus esforços, o pré-milenismo e o dispensacionalismo foram amplamente disseminados para além das barreiras denominacionais dentro do Protestantismo conservador.

Influência da Profecia Bíblica

Brookes foi um dos mais proeminentes e fervorosos estudantes de profecia de seu tempo. Em um artigo de 1896 no The Truth chamado “Como Tornei-me Pré-Milenista”, Brookes afirmou que ele chegou à sua escatologia pré-milenista através de suas próprias leituras e estudos de Apocalipse e Daniel, depois de ter entrado para o pastorado e depois de ter negligenciado as profecias por muitos anos. Esse estudo independente, juntamente com alguma influência dos Plymouth Brethren [Irmãos de Plymouth] nos anos depois da Guerra Civil, lhe proporcionaram o pano de fundo histórico para suas convicções. Ele hospedou o líder dos British Brethren [Irmãos Britânicos], John Nelson Darby, em sua igreja em múltiplas ocasiões, mas Brookes negava ser receptor direto da escatologia dos Brethren, embora reconhecesse ter um apreço pelo entusiasmo escatológico deles. Logo em 1871, Brookes já estava publicando e ensinando visões semelhantes ao dispensacionalismo. Em 1874, seu sistema estava bem desenvolvido e foi Brookes quem apresentou C.I. Scofield, logo depois da conversão deste, aos ensinamentos do pré-milenismo dispensacionalista. Seria através de Scofield e de sua Bíblia de Estudos que Brookes teria sua influência mais duradoura.

Brookes era versado nas opções escatológicas dentro do pré-milenismo e discutia tanto contra uma teoria do Arrebatamento parcial quanto contra o pós-tribulacionismo. Ele se recusava a estabelecer datas para o Arrebatamento e se apegou a uma forte doutrina do retorno do Senhor e da iminência desse retorno:

Quão emocionante é o pensamento de que o primeiro desses sensacionais acontecimentos, a saber, a vinda de Cristo para os santos, possa ocorrer a qualquer momento.[3]

Ele era muito consciente da acusação feita por críticos mal informados de que os dispensacionalistas afirmavam haver mais de um caminho para a salvação, e refutava isto veementemente em seus escritos:

É desnecessário lembrar qualquer leitor comum das Sagradas Escrituras de que, desde os versículos de abertura de Gênesis até Malaquias, o Espírito é posto à vista na criação, providência e redenção, e que todos os que são salvos foram vivificados através de seu divino poder e graça, como o são agora.[4]

Um estudioso escreveu em uma tese de doutorado:

James Brookes causou um tremendo impacto sobre a cena religiosa americana. Ele teve um papel crucial no desenvolvimento e divulgação do pré-milenismo dispensacionalista americano e, assim, sobre o Fundamentalismo americano. Por meio de seus escritos, sua liderança na Conferência Bíblica de Niágara e seus relacionamentos pessoais, ele afetou toda uma geração de líderes pré-milenistas. Seu impacto é difícil de ser superestimado. A despeito dessa importância, ele permanece relativamente negligenciado.[5]

Brookes tinha uma versão altamente desenvolvida da teologia dispensacionalista, a qual ele promoveu e divulgou por toda a América do Norte através de suas pregações, seus escritos e sua influência como Presidente da Conferência Bíblica de Niágara. Ele também estabeleceu um padrão para a teologia evangélica como resultado da declaração doutrinária de Niágara que escreveu. James seguiu vigorosamente a Cristo ao edificar sua teologia com base na Bíblia e na Bíblia somente. “James H. Brookes merece uma posição nobre nas memórias daqueles que hoje, como ele, buscam honrar a verdade bíblica”.[6] Brookes é um valioso pai do movimento de exposição bíblica, do pré-milenismo futurista, do dispensacionalismo, e do Arrebatamento pré-tribulacionista. É triste ver uma ênfase tão saudável em tamanho declínio em nossos dias, até mesmo entre as igrejas, denominações e associações que certa vez já prosperaram quando seguiam a liderança dele. Maranata! 

(Thomas Ice — Pre-Trib Perspectives)

Notas:
1. Baseei-me grandemente em um artigo de Timothy Demy, “James Hall Brookes” http://www.pre-trib.org/data/pdf/Demy-JamesHallBookes.pdf.
2. David Riddle Williams, James H. Brookes: A Memoir [James H. Brookes: Uma Memória] (St. Louis: Presbyterian Board of Publication, 1897), pp. 58 59.
3. James H. Brookes, Maranatha: or The Lord Cometh [Maranata: ou Vem Senhor], 10th edition (New York: Fleming H. Revell Company, 1889), p. 540.
4. James H. Brookes, Israel and the Church: The Terms Distinguished as Found in the Word of God [Israel e a Igreja: Os Termos Distintos Como São Encontrados na Palavra de Deus] (Chicago: The Bible Institute Colportage Association, 188?), p. 38.
5. Carl E. Sanders II, “The Premillennial Faith of James Hall Brookes” [A Fé Pré-Milenista de James H. Brookes] (PhD dissertation, Dallas Theological Seminary, 1995), p. 202.
6. Larry Dean Pettegrew, “The Historical and Theological Contributions of the Niagara Bible Conference to American Fundamentalism” [As Contribuições Históricas e Teológicas da Conferência Bíblica de Niagara para o Fundamentalismo Americano] (ThD dissertation, Dallas Theological Seminary, 1976), p. 161.

terça-feira, 19 de setembro de 2023

INVOCAR O NOME DO SENHOR

Invocar o nome do Senhor 

O que significa invocar o nome do Senhor? Alguns cristãos pensam que invocar o Senhor é o mesmo que orar a Ele. Sim, invocar é uma espécie de oração, mas não é simplesmente orar. A palavra hebraica usada para invocar significa “bradar”, “clamar”, “gritar”. A palavra grega usada para invocar significa “invocar uma pessoa”, “chamar uma pessoa pelo nome”. Em outras palavras, é chamar audivelmente uma pessoa pelo nome. Embora a oração possa ser silenciosa, o invocar precisa ser audível.

Dois profetas do Antigo Testamento ajudam-nos a ver o que significa invocar o Senhor. Jeremias nos diz que invocá-Lo significa clamar a Ele (Lamentações 3:55-56). Isaías nos diz que o invocar é tirar com alegria águas das fontes da salvação (12:2-6).

Invocar o nome do Senhor no Antigo Testamento

A prática de invocar o nome do Senhor começou na terceira geração da raça humana com Enos, filho de Sete (Gênesis 4:26), e essa história prosseguiu ao longo da Bíblia com Abraão (12:8), Isaque (26:25), Moisés (Deuteronômio 4:7), Jó (Jó 12:4), Jabez (1 Crônicas 4:10), Sansão (Juízes 16:28), Samuel (1 Samuel 12:18), Davi (2 Samuel 22:4), Jonas (Jonas 1:6), Elias (1 Reis 18:24) e Jeremias (Lamentações 3:55). Os homens do Antigo Testamento não apenas invocavam o nome do Senhor; eles até profetizaram que também outros O invocariam (Joel 2:32, Sofonias 3:9; Zacarias 13:9).

Embora muitos estejam familiarizados com as profecias de Joel concernentes ao Espírito Santo, poucos perceberam que, para receber o derramamento do Espírito Santo, é preciso que se invoque o nome do Senhor. Por um lado, Joel profetizou que Deus derramaria Seu Espírito; por outro, profetizou que as pessoas invocariam o nome do Senhor. Essa profecia se cumpriu no dia de Pentecostes (Atos 2:17a, 21). O derramamento do Espírito necessita da cooperação de nosso invocar.

Praticado pelos crentes do Novo Testamento

Os crentes do Novo Testamento, desde essa ocasião no dia de Pentecostes, praticavam o invocar o nome do Senhor. Enquanto Estêvão estava sendo apedrejado até a morte, ele invocava o nome do Senhor (7:59).

Outras passagens bíblicas nos confirmam essa prática no Novo Testamento, como em Atos 9:14; 22:16; 1 Coríntios1:2, e 2 Timóteo 2:22. Saulo de Tarso recebeu autorização dos principais sacerdotes para prender todos os que invocavam o nome do Senhor (Atos 9:14). Isto indica que os primeiros crentes invocavam Jesus. Invocar o nome do Senhor era uma marca, um sinal de que eram cristãos. Se nós nos tornamos aqueles que invocam o nome do Senhor, nosso invocar vai nos distinguir como cristãos.

O apóstolo Paulo enfatizou a questão de invocar quando escreveu o livro de Romanos. Ele disse: “Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (10:12-13). Paulo também falou sobre invocar o Senhor em 1 Coríntios, quando, ao destinar a carta, identificou-se “com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1:2). Além disso, em 2 Timóteo, ele disse para Timóteo seguir as coisas espirituais com os que, de coração puro, invocam o Senhor (2:22). Por esses versículos podemos ver que, no primeiro século, os cristãos praticavam bastante o invocar o nome do Senhor.

Evidencia-se assim que, ao longo do Antigo Testamento, bem como nos primeiros tempos da era cristã, os santos invocavam o nome do Senhor. Como é lamentável que isso tenha sido negligenciado pela maior parte dos cristãos por tanto tempo! Cremos que hoje o Senhor está restaurando a prática de invocar Seu nome para que desfrutemos as riquezas de Sua vida. Ó Senhor Jesus!

sexta-feira, 16 de junho de 2023

OS 9 SINAIS DE MORTE ESPIRITUAL

OS NOVE SINAIS DE MORTE  NA VIDA DO CRENTE

” Veio sobre mim a mão do SENHOR, e ele me fez sair no Espírito do SENHOR, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos. E me fez passar em volta deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale, e eis que estavam sequíssimos.”  Ezequiel 37:1-3

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.” Filipenses 1:21

Viver para Cristo é ser fervoroso, ardente no fogo do Espírito.  Todo cristão declara estar vivendo para Cristo, mas sabemos que a maioria são frios, apáticos e indiferentes. O que está acontecendo com o povo de Deus?

O que está nos impedindo de sermos fervorosos?  São as tribulações e as privações que os crentes não estão suportando nas suas vidas? Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente.     2 Coríntios 4:17

Por outro lado, há também crentes que não passam por tanta tribulação, mas que também são frios! Mas afinal, o que esfria o crente?

Existe uma geração de crentes decaídos, enfraquecidos, sem fé, rebeldes, corações endurecidos, que não aceitam exortação e que se tornam tolerantes com o pecado. Não se preocupam com a sua condição espiritual e sentem o desejo de abraçar as coisas do mundo, junto com as coisas da igreja!  Crentes que costumam ir à igreja somente aos domingos, não participam de quase nada na igreja, não conseguem prestar culto com o coração inteiramente voltado para o Senhor. Estão morrendo lentamente! No sentido espiritual a morte representa estarmos afastados de Deus.

A morte espiritual sempre acontece de duas maneiras: Declarada ou sutil. Consciente ou Inconsciente. O Senhor nos ordena não se desviar “nem para a direita e nem para a esquerda, e ainda retirar o pé do mal” (Pv 4:27). Mas, por que?  Porque a ESQUERDA na Bíblia refere-se ao pecado, a algo ruim, perverso, nocivo e de má índole. Já desviar-se para a DIREITA, simboliza assumir sutilmente o Trono. Nesse lugar só Jesus tem o direito de estar. A bíblia diz que Jesus está à destra (direita) de Deus Pai, e somente a Ele foi reservado esta posição.  Precisamos entender bem esse significado. Reconhecer que Jesus é Soberano, e para isso devemos reverenciá-lo na sua excelsa glória, santidade, majestade e poder. Por isso a palavra de Deus nos diz que não devemos nos desviar para esquerda e muito menos para a direita!

Irmãos e irmãs – na igreja vemos crentes negligenciando a Palavra de Deus e abraçado com as coisas do mundo! Infelizmente são pessoas que já não lutam por uma vida espiritual avivada, nem tampouco se importam em melhorar o seu relacionamento com Deus. Falam mentiras, palavras torpes, não querem abandonar as vaidades, já não são mais misericordiosos e nem benignos, não se envolvem com o trabalho da igreja. Nem percebem que o tempo para se receber a salvação aqui tem limite, pois chegará o dia que o Senhor não será mais achado. Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Isaías 55:6

A Bíblia nos fala de Nove Tipos de Sinais de Morte Espiritual. O homem só morre quando transgride as normas estabelecidas por Deus. Vejamos então esses sinais para que não aconteça também na nossa vida.

OS NOVE SINAIS DA MORTE NA VIDA DO CRENTE

O PRIMEIRO SINAL – O SILÊNCIO Ap. 4:8.
No céu não há mais silêncio. Aquele que está vivo não deve se cansar de glorificar a Deus, pois no céu existe adoração constante dia e noite. Músicas do mundo só satisfazem a alma. Quando o crente para de ouvir e ler a Palavra, é um sinal que a morte entrou na vida espiritual dele. Crente que não lê a Bíblia, simplesmente não está alimentando o espírito, e por isso acaba deixando a morte entrar na sua vida.
O SEGUNDO SINAL – A FRIEZA  Rm.12:11 – Mateus 6:21
O crente que permitiu a morte começa a esfriar com as coisas do Reino: os cultos, a escola dominical e até os irmãos. Se a sua fome por Deus tem diminuído no decorrer dos dias, meses ou anos é um sinal que ela tem aumentado em outra direção. Onde está teu tesouro, lá está o teu coração, o teu fervor. Ninguém vive sem comer, então muito cuidado com o que está lhe alimentando. Comer é um princípio espiritual. Você se alimenta daquilo que você valoriza, investe e aplica o coração. O teu tesouro fala da tua fome, das tuas prioridades.
O TERCEIRO SINAL – A IMOBILIDADE
Tudo vira Mesmice. Um sinal que alguém morreu é ausência de movimentos. Passividade é sinônimo de morte. Aquilo que era prazer virou fardo porque a morte entrou. Todos os eventos da igreja não lhe despertam entusiasmo. Ficar parado nos leva a ausência de crescimento espiritual. A imobilidade sempre vem com a finalidade de paralisar o crente por completo, trazendo também enfraquecimento das forças morais, apatia, indiferença e estagnação.
O QUARTO SINAL – O ENDURECIMENTO 
Quando uma pessoa morre espiritualmente, os seus membros se enrijecem. Não muda de opinião mesmo sabendo que está errado. Não aceita ser confrontado ou discipulado, pois prefere o isolamento. Não se abre com os irmãos, especialmente com sua liderança, é sinal de enrijecimento, dureza, e consequentemente a morte espiritual já tomou conta da sua vida.
O QUINTO SINAL – O ISOLAMENTO  Gn 3:9 -10

O pecado produz isolamento, mas a santidade produz comunhão. Uma pessoa morta deve ser enterrada, isto é, isolada daqueles que estão vivos. Quando um irmão se isola é sinal que a morte está avançando. O pecado tem a tendência de ser escondido, às escuras, mas a verdade é clara e não se esconde.  Quando Adão pecou, ele se escondeu tentando se isolar de Deus. Por que ele fez isso? Porque essa é a reação de todo crente quando a morte entra. Quando erramos não queremos ser vistos, não queremos conversar, muito menos ser confrontado. Quando fazemos isso a morte avança ainda mais.

O SEXTO SINAL – OLHOS FECHADOS 

Quando um crente está morrendo ele vai perdendo a visão. Só fala de coisas naturais. Não tem revelação. Sua alma é vazia. Não tem mais a visão que quanto mais vida em Deus, mais Luz, mais Clareza, mais Revelação. Visão nos fala de enxergar o Senhor nas circunstâncias da vida. Aqueles que estão morrendo são naturais, só enxergam as circunstâncias e não Deus através das circunstâncias. Não enxergamos mais com benignidade e amor, mas com desconfiança. A igreja, os irmãos, os pastores são sinônimos de cobrança e fardo. Isso é sinal de morte.

O SÉTIMO SINAL – A TRISTEZA
Quando um crente é contaminado pela morte espiritual, perde a alegria, a fé, o ânimo, o vigor então começa a diminuir. Um dos sinais da morte na vida do crente é o cansaço da alma. O cansaço físico tem relação com o corpo e mente, mas o cansaço da alma é um sinal da morte espiritual. O desânimo para com tudo e a apatia são evidências que a morte está inundando a nossa alma.
O OITAVO SINAL – A DECOMPOSIÇÃO
A igreja, o discipulado começa a perder a importância. Um corpo entra em decomposição por falta de alimento. Não se alimenta da Palavra, da oração, da Ceia do Senhor. O crente em decomposição deixa as coisas e a sua vida espiritual morrer aos poucos: perde a liderança, perde seu ministério, perde o prazer de voltar para a casa, perde o governo do seu lar. Sua vida espiritual muda completamente. Embora possamos estar vivos as nossas virtudes estão corrompidas, apodrecidas, se decompondo.
O NONO SINAL – O SEPULTAMENTO  (Mt 25:24-25)
O sepultamento dos sonhos, dos projetos, do ministério, da igreja, da família, e por fim do chamado. A morte é inimiga de Deus( I Co. 15.26) – Um dos sinais de Deus é a vida. Quando um crente cultiva a morte em sua vida, em sua casa, no seu trabalho ele desperta a ira de Deus porque Deus é contra a morte.
O Senhor não irá remover a morte da sua vida a não ser que você se posicione em favor da vida. Vença a morte espiritual se posicionando em favor da vida, através do Sangue de Jesus.

CONCLUSÃO:  

Hoje o Senhor te pergunta: Como anda sua vida espiritual? Há algum sintoma de morte?

O que você precisa é do fogo de Deus. Seja ousado para pedir a Deus mais fogo em sua vida. A melhor maneira de não morrermos, é conhecer mais a Deus e gastar nosso tempo na sua presença. A Bíblia nos fala que quanto maior for o nosso interesse em aproximarmos D’Ele, mais Ele se aproximará de nós (Sl 9:10).

Todo aquele que se aproximar de Deus, com o coração sincero, será bem recebido e a morte espiritual vai passar longe dele. Portanto vença os nove sinais que querem matar a sua vida com Deus.  Supere a sua vontade natural, e para superar, é preciso uma certa força, para que através de ouvir a Palavra venha a fé, e através da fé o Senhor Jesus, e através D’Ele você possa conseguir sair vitorioso contra a morte espiritual.

Profetizando Nova Vida:  Veio sobre mim a mão do SENHOR; ele me levou pelo Espírito do SENHOR e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, e me fez andar ao redor deles. Eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos. Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: SENHOR Deus, tu o sabes. Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. Assim diz o SENHOR Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o SENHOR. Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso. Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito. Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso. Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados. Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que abrirei a vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. Sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu. Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR. EZEQUIEL 37:1-14

NECESSITAMOS DE RESTAURAÇÃO

1. “Nossos ossos estão secos”.  O tempo que o povo havia passado no cativeiro tinha destruído a esperança de que seriam restaurados.

2. “Nossa esperança desvaneceu”.  Mesmo no cativeiro, no começo o povo esperava um retorno em breve. Essa esperança foi dissipada pelos anos no exílio.
3. “Estamos de todo exterminados”.  O povo foi esparramado por todas as nações e foram isolados uns dos outros. A situação frustrou-lhes qualquer visão de ser uma “nação restaurada”. O povo não tinha mais esperança de um futuro melhor. “A esperança que se adia faz adoecer o coração” (Pv 13:12). Além do mais, a perda da esperança produz cada vez mais a separação de Deus. Por isso, o Senhor tomou a iniciativa e deu ao profeta Ezequiel uma visão maravilhosa – uma mensagem de esperança para o povo.

Deus perguntou a Ezequiel:  “Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos?”  Os incrédulos diriam: Jamais! No entanto, Ezequiel conhecia o incrível poder de Deus, de modo que respondeu, dizendo:  “Eu não sei, mas Tu o sabes”. O senso comum lhe dizia que era impossível; mas por reverência a Deus, respondeu:  “Senhor Deus, tu o sabes”.

Em primeiro lugar, ele sabia muito bem que Deus tem o poder da criação e que Ele pode fazer qualquer coisa a partir do nada. Aliás, Deus usa o “nada absoluto” como matéria-prima para fazer tudo. Deus tem o poder para fazer o que Ele quiser. É por esta razão que o profeta Jeremias disse: “Nada há que te seja demasiado difícil”  (Jr 32.17).

Em segundo lugar, os ossos secos podem reviver por causa das promessas de Deus. Todos nós sabemos que as promessas feitas por Deus nunca falharão. É por isso que Paulo disse: “Pois tantas quantas forem as promessas feitas por Deus, todas elas têm em Cristo o ‘sim’. Por isso, por meio dele, o ‘Amém’ é pronunciado por nós para a glória de Deus” (2 Co 1:20). Deus havia advertido aos israelitas de que seriam levados ao cativeiro séculos antes que isso acontecesse, mas também fez promessas de que os traria de volta das terras estrangeiras.
Em terceiro lugar, os ossos secos podem reviver por causa do plano e do propósito de Deus para Seu povo. A confortante mensagem para Ezequiel era que os ossos secos poderiam viver novamente, porque esse era o plano de Deus. Sobre isso, Deus falou por meio do profeta Jeremias: ” Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado por vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exílio.  Jr 29:11-14O que Deus planejou pode tardar por causa das rebeliões humanas, mas os Seus planos jamais podem ser frustrados:  “Bem sei que tudo podes, e que nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42:2). Ele levará adiante os planos que tem para com o seu povo ao longo da história.
Deus demonstrou que o processo de reavivamento em Israel ocorreria respectivamente em duas etapas:
A primeira etapa consistiria na pregação da Palavra de Deus: “Então ele me disse: “Profetize a estes ossos e diga-lhes: Ossos secos ouçam a palavra do Senhor!”  A palavra de Deus tem um tremendo poder.

A segunda etapa do reavivamento consistiria no enchimento do Espírito Santo. E ele me disse: Profetiza ao Espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao Espírito: Assim diz o Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó Espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. E profetizei como ele me deu ordem; então o Espírito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo. (v. 9,10)

“Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR”  (v. 14). Quando eles saíssem de suas sepulturas, ninguém poderia reivindicar reconhecimento para si mesmo:  Aquele seria um ato exclusivo de Deus!

O poderoso Espírito que reavivou a Israel ainda é capaz de avivar todos aqueles que estão mortos espiritualmente:  “Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará”  (Ef 5:14).

OS 9 SINAIS DE MORTE ESPIRITUAL

OS NOVE SINAIS DE MORTE  NA VIDA DO CRENTE

” Veio sobre mim a mão do SENHOR, e ele me fez sair no Espírito do SENHOR, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos. E me fez passar em volta deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale, e eis que estavam sequíssimos.”  Ezequiel 37:1-3

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.” Filipenses 1:21

Viver para Cristo é ser fervoroso, ardente no fogo do Espírito.  Todo cristão declara estar vivendo para Cristo, mas sabemos que a maioria são frios, apáticos e indiferentes. O que está acontecendo com o povo de Deus?

O que está nos impedindo de sermos fervorosos?  São as tribulações e as privações que os crentes não estão suportando nas suas vidas? Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente.     2 Coríntios 4:17

Por outro lado, há também crentes que não passam por tanta tribulação, mas que também são frios! Mas afinal, o que esfria o crente?

Existe uma geração de crentes decaídos, enfraquecidos, sem fé, rebeldes, corações endurecidos, que não aceitam exortação e que se tornam tolerantes com o pecado. Não se preocupam com a sua condição espiritual e sentem o desejo de abraçar as coisas do mundo, junto com as coisas da igreja!  Crentes que costumam ir à igreja somente aos domingos, não participam de quase nada na igreja, não conseguem prestar culto com o coração inteiramente voltado para o Senhor. Estão morrendo lentamente! No sentido espiritual a morte representa estarmos afastados de Deus.

A morte espiritual sempre acontece de duas maneiras: Declarada ou sutil. Consciente ou Inconsciente. O Senhor nos ordena não se desviar “nem para a direita e nem para a esquerda, e ainda retirar o pé do mal” (Pv 4:27). Mas, por que?  Porque a ESQUERDA na Bíblia refere-se ao pecado, a algo ruim, perverso, nocivo e de má índole. Já desviar-se para a DIREITA, simboliza assumir sutilmente o Trono. Nesse lugar só Jesus tem o direito de estar. A bíblia diz que Jesus está à destra (direita) de Deus Pai, e somente a Ele foi reservado esta posição.  Precisamos entender bem esse significado. Reconhecer que Jesus é Soberano, e para isso devemos reverenciá-lo na sua excelsa glória, santidade, majestade e poder. Por isso a palavra de Deus nos diz que não devemos nos desviar para esquerda e muito menos para a direita!

Irmãos e irmãs – na igreja vemos crentes negligenciando a Palavra de Deus e abraçado com as coisas do mundo! Infelizmente são pessoas que já não lutam por uma vida espiritual avivada, nem tampouco se importam em melhorar o seu relacionamento com Deus. Falam mentiras, palavras torpes, não querem abandonar as vaidades, já não são mais misericordiosos e nem benignos, não se envolvem com o trabalho da igreja. Nem percebem que o tempo para se receber a salvação aqui tem limite, pois chegará o dia que o Senhor não será mais achado. Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Isaías 55:6

A Bíblia nos fala de Nove Tipos de Sinais de Morte Espiritual. O homem só morre quando transgride as normas estabelecidas por Deus. Vejamos então esses sinais para que não aconteça também na nossa vida.

OS NOVE SINAIS DA MORTE NA VIDA DO CRENTE

O PRIMEIRO SINAL – O SILÊNCIO Ap. 4:8.
No céu não há mais silêncio. Aquele que está vivo não deve se cansar de glorificar a Deus, pois no céu existe adoração constante dia e noite. Músicas do mundo só satisfazem a alma. Quando o crente para de ouvir e ler a Palavra, é um sinal que a morte entrou na vida espiritual dele. Crente que não lê a Bíblia, simplesmente não está alimentando o espírito, e por isso acaba deixando a morte entrar na sua vida.
O SEGUNDO SINAL – A FRIEZA  Rm.12:11 – Mateus 6:21
O crente que permitiu a morte começa a esfriar com as coisas do Reino: os cultos, a escola dominical e até os irmãos. Se a sua fome por Deus tem diminuído no decorrer dos dias, meses ou anos é um sinal que ela tem aumentado em outra direção. Onde está teu tesouro, lá está o teu coração, o teu fervor. Ninguém vive sem comer, então muito cuidado com o que está lhe alimentando. Comer é um princípio espiritual. Você se alimenta daquilo que você valoriza, investe e aplica o coração. O teu tesouro fala da tua fome, das tuas prioridades.
O TERCEIRO SINAL – A IMOBILIDADE
Tudo vira Mesmice. Um sinal que alguém morreu é ausência de movimentos. Passividade é sinônimo de morte. Aquilo que era prazer virou fardo porque a morte entrou. Todos os eventos da igreja não lhe despertam entusiasmo. Ficar parado nos leva a ausência de crescimento espiritual. A imobilidade sempre vem com a finalidade de paralisar o crente por completo, trazendo também enfraquecimento das forças morais, apatia, indiferença e estagnação.
O QUARTO SINAL – O ENDURECIMENTO 
Quando uma pessoa morre espiritualmente, os seus membros se enrijecem. Não muda de opinião mesmo sabendo que está errado. Não aceita ser confrontado ou discipulado, pois prefere o isolamento. Não se abre com os irmãos, especialmente com sua liderança, é sinal de enrijecimento, dureza, e consequentemente a morte espiritual já tomou conta da sua vida.
O QUINTO SINAL – O ISOLAMENTO  Gn 3:9 -10

O pecado produz isolamento, mas a santidade produz comunhão. Uma pessoa morta deve ser enterrada, isto é, isolada daqueles que estão vivos. Quando um irmão se isola é sinal que a morte está avançando. O pecado tem a tendência de ser escondido, às escuras, mas a verdade é clara e não se esconde.  Quando Adão pecou, ele se escondeu tentando se isolar de Deus. Por que ele fez isso? Porque essa é a reação de todo crente quando a morte entra. Quando erramos não queremos ser vistos, não queremos conversar, muito menos ser confrontado. Quando fazemos isso a morte avança ainda mais.

O SEXTO SINAL – OLHOS FECHADOS 

Quando um crente está morrendo ele vai perdendo a visão. Só fala de coisas naturais. Não tem revelação. Sua alma é vazia. Não tem mais a visão que quanto mais vida em Deus, mais Luz, mais Clareza, mais Revelação. Visão nos fala de enxergar o Senhor nas circunstâncias da vida. Aqueles que estão morrendo são naturais, só enxergam as circunstâncias e não Deus através das circunstâncias. Não enxergamos mais com benignidade e amor, mas com desconfiança. A igreja, os irmãos, os pastores são sinônimos de cobrança e fardo. Isso é sinal de morte.

O SÉTIMO SINAL – A TRISTEZA
Quando um crente é contaminado pela morte espiritual, perde a alegria, a fé, o ânimo, o vigor então começa a diminuir. Um dos sinais da morte na vida do crente é o cansaço da alma. O cansaço físico tem relação com o corpo e mente, mas o cansaço da alma é um sinal da morte espiritual. O desânimo para com tudo e a apatia são evidências que a morte está inundando a nossa alma.
O OITAVO SINAL – A DECOMPOSIÇÃO
A igreja, o discipulado começa a perder a importância. Um corpo entra em decomposição por falta de alimento. Não se alimenta da Palavra, da oração, da Ceia do Senhor. O crente em decomposição deixa as coisas e a sua vida espiritual morrer aos poucos: perde a liderança, perde seu ministério, perde o prazer de voltar para a casa, perde o governo do seu lar. Sua vida espiritual muda completamente. Embora possamos estar vivos as nossas virtudes estão corrompidas, apodrecidas, se decompondo.
O NONO SINAL – O SEPULTAMENTO  (Mt 25:24-25)
O sepultamento dos sonhos, dos projetos, do ministério, da igreja, da família, e por fim do chamado. A morte é inimiga de Deus( I Co. 15.26) – Um dos sinais de Deus é a vida. Quando um crente cultiva a morte em sua vida, em sua casa, no seu trabalho ele desperta a ira de Deus porque Deus é contra a morte.
O Senhor não irá remover a morte da sua vida a não ser que você se posicione em favor da vida. Vença a morte espiritual se posicionando em favor da vida, através do Sangue de Jesus.

CONCLUSÃO:  

Hoje o Senhor te pergunta: Como anda sua vida espiritual? Há algum sintoma de morte?

O que você precisa é do fogo de Deus. Seja ousado para pedir a Deus mais fogo em sua vida. A melhor maneira de não morrermos, é conhecer mais a Deus e gastar nosso tempo na sua presença. A Bíblia nos fala que quanto maior for o nosso interesse em aproximarmos D’Ele, mais Ele se aproximará de nós (Sl 9:10).

Todo aquele que se aproximar de Deus, com o coração sincero, será bem recebido e a morte espiritual vai passar longe dele. Portanto vença os nove sinais que querem matar a sua vida com Deus.  Supere a sua vontade natural, e para superar, é preciso uma certa força, para que através de ouvir a Palavra venha a fé, e através da fé o Senhor Jesus, e através D’Ele você possa conseguir sair vitorioso contra a morte espiritual.

Profetizando Nova Vida:  Veio sobre mim a mão do SENHOR; ele me levou pelo Espírito do SENHOR e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, e me fez andar ao redor deles. Eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos. Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: SENHOR Deus, tu o sabes. Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. Assim diz o SENHOR Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o SENHOR. Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso. Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito. Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso. Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados. Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que abrirei a vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. Sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu. Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR. EZEQUIEL 37:1-14

NECESSITAMOS DE RESTAURAÇÃO

1. “Nossos ossos estão secos”.  O tempo que o povo havia passado no cativeiro tinha destruído a esperança de que seriam restaurados.

2. “Nossa esperança desvaneceu”.  Mesmo no cativeiro, no começo o povo esperava um retorno em breve. Essa esperança foi dissipada pelos anos no exílio.
3. “Estamos de todo exterminados”.  O povo foi esparramado por todas as nações e foram isolados uns dos outros. A situação frustrou-lhes qualquer visão de ser uma “nação restaurada”. O povo não tinha mais esperança de um futuro melhor. “A esperança que se adia faz adoecer o coração” (Pv 13:12). Além do mais, a perda da esperança produz cada vez mais a separação de Deus. Por isso, o Senhor tomou a iniciativa e deu ao profeta Ezequiel uma visão maravilhosa – uma mensagem de esperança para o povo.

Deus perguntou a Ezequiel:  “Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos?”  Os incrédulos diriam: Jamais! No entanto, Ezequiel conhecia o incrível poder de Deus, de modo que respondeu, dizendo:  “Eu não sei, mas Tu o sabes”. O senso comum lhe dizia que era impossível; mas por reverência a Deus, respondeu:  “Senhor Deus, tu o sabes”.

Em primeiro lugar, ele sabia muito bem que Deus tem o poder da criação e que Ele pode fazer qualquer coisa a partir do nada. Aliás, Deus usa o “nada absoluto” como matéria-prima para fazer tudo. Deus tem o poder para fazer o que Ele quiser. É por esta razão que o profeta Jeremias disse: “Nada há que te seja demasiado difícil”  (Jr 32.17).

Em segundo lugar, os ossos secos podem reviver por causa das promessas de Deus. Todos nós sabemos que as promessas feitas por Deus nunca falharão. É por isso que Paulo disse: “Pois tantas quantas forem as promessas feitas por Deus, todas elas têm em Cristo o ‘sim’. Por isso, por meio dele, o ‘Amém’ é pronunciado por nós para a glória de Deus” (2 Co 1:20). Deus havia advertido aos israelitas de que seriam levados ao cativeiro séculos antes que isso acontecesse, mas também fez promessas de que os traria de volta das terras estrangeiras.
Em terceiro lugar, os ossos secos podem reviver por causa do plano e do propósito de Deus para Seu povo. A confortante mensagem para Ezequiel era que os ossos secos poderiam viver novamente, porque esse era o plano de Deus. Sobre isso, Deus falou por meio do profeta Jeremias: ” Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado por vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exílio.  Jr 29:11-14O que Deus planejou pode tardar por causa das rebeliões humanas, mas os Seus planos jamais podem ser frustrados:  “Bem sei que tudo podes, e que nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42:2). Ele levará adiante os planos que tem para com o seu povo ao longo da história.
Deus demonstrou que o processo de reavivamento em Israel ocorreria respectivamente em duas etapas:
A primeira etapa consistiria na pregação da Palavra de Deus: “Então ele me disse: “Profetize a estes ossos e diga-lhes: Ossos secos ouçam a palavra do Senhor!”  A palavra de Deus tem um tremendo poder.

A segunda etapa do reavivamento consistiria no enchimento do Espírito Santo. E ele me disse: Profetiza ao Espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao Espírito: Assim diz o Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó Espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. E profetizei como ele me deu ordem; então o Espírito entrou neles, e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo. (v. 9,10)

“Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR”  (v. 14). Quando eles saíssem de suas sepulturas, ninguém poderia reivindicar reconhecimento para si mesmo:  Aquele seria um ato exclusivo de Deus!

O poderoso Espírito que reavivou a Israel ainda é capaz de avivar todos aqueles que estão mortos espiritualmente:  “Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará”  (Ef 5:14).

sexta-feira, 2 de junho de 2023

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

NOTA DO EDITOR: Este artigo apareceu originalmente em AG Our Distinctive Doctrine, disponível em My Healthy Church.

Os cristãos recebem o Espírito Santo quando são salvos? Se sim, como essa experiência é diferente do batismo no Espírito Santo?

Sim, quando as pessoas aceitam a Cristo, o Espírito Santo começa uma grande obra em suas vidas. O Espírito os convence do pecado, os convence da justiça e habita neles (João 6:44; 14:17; Romanos 8:9; 1 Coríntios 12:13). Ninguém se torna cristão sem esta graciosa obra do Espírito Santo.

No entanto, há um ministério adicional e distinto do Espírito Santo chamado batismo no Espírito Santo. O Batismo é um dom capacitador de Deus Pai que é prometido a todo crente (Mateus 3:11; Lucas 11:13; 24:49; Atos 2:33, 38). Ajuda o cristão a viver uma vida santa e também traz um novo apego devocional a Jesus Cristo, tornando-o muito real e precioso. O propósito primário do Batismo é dar maior poder para testemunhar (Atos 1:8). Outros benefícios incluem uma maior alegria no serviço espiritual e um maior senso de missão para o mundo.



Uma pessoa pode receber a vida eterna no céu sem o batismo no Espírito Santo? Se assim for, por que devemos ser batizados no Espírito?

Receber a vida eterna não depende de ser batizado no Espírito Santo; pois a salvação é pela graça somente através da fé (Habacuque 2:4; João 6:28, 29; Gálatas 3:6; 5:6; Efésios 2:8). É um dom comprado para nós por Cristo quando Ele foi crucificado. Tudo o que temos a fazer é aceitar o presente. Assim como o ladrão arrependido na cruz ao lado de Jesus teve a garantia de entrar no paraíso naquele mesmo dia, nós também temos a garantia de um lugar no céu com o Pai se crermos em Jesus Cristo. É lamentável que alguns tenham dito: “A menos que você fale em línguas, você não irá para o céu”. Isso não é verdade. É contrário às Escrituras.

Ao mesmo tempo, embora a Bíblia não diga que o batismo no Espírito é necessário para a salvação, ela nos diz que Cristo ordenou a Seus primeiros seguidores que esperassem que o Espírito Santo viesse sobre eles (Lucas 24:49; Atos 1: 8). A Bíblia nos ordena a “ser cheios do Espírito” (Efésios 5:18). Esse encontro pessoal com o Espírito Santo deve ser buscado e valorizado por todo crente. Com ela vem uma dimensão nova e mais completa de compreensão espiritual e um fluxo de dons espirituais (1 Coríntios 12:9-13).


Uma vez que uma pessoa é batizada no Espírito Santo, por que é necessário ser revestido mais tarde?

No dia de Pentecostes, 120 discípulos (seguidores comprometidos de Jesus) foram “cheios” do Espírito Santo (Atos 2:4). Isso cumpriu a promessa que Cristo havia feito a eles alguns dias antes. Ele havia dito: “João batizou com água, mas em poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo” (Atos 1:5). Mas esta experiência inicial de ser batizado no Espírito Santo é apenas o começo de uma experiência ao longo da vida. Deus quer que permaneçamos cheios do Espírito.


Talvez uma analogia esclareça melhor isso. Como cristãos, podemos ser comparados a um reservatório para produzir energia elétrica. Quando aceitamos a Cristo, a construção de nosso reservatório está completa. Agora temos o potencial de ser úteis e afetar vidas. Mas até que as comportas sejam abertas e as águas do rio fluam em cascata, nenhum poder é percebido. Assim é quando somos batizados no Espírito Santo. Abrimos nossas vidas a Deus e o Espírito Santo se derrama em nós e através de nós. É então que nos tornamos mais eficazes no serviço de Deus.

Tal como acontece com o reservatório, esta experiência de geração de energia não pretende ser uma ocorrência única. É para ser um processo contínuo. Quando nosso poder espiritual se esgota, precisamos retornar à Fonte e deixar que o abençoado Espírito Santo se derrame em nós novamente, trazendo novo poder. Isso aconteceu com os primeiros seguidores de Jesus. Eles já haviam sido batizados no Espírito; mas mais tarde, quando surgiu a perseguição, eles precisaram de uma nova onda de poder espiritual; então eles oraram ao Senhor mais uma vez e “todos ficaram cheios do Espírito Santo” (Atos 4:31).


À medida que o crente cheio do Espírito serve ao Senhor, há um gasto de poder espiritual. Torna-se necessário que ele se abra novamente ao Espírito Santo para que seu poder seja reabastecido. A ordem em Efésios 5:18 é literalmente: “Persista em ser cheio do Espírito.” Aqui está o segredo da vida cheia do Espírito. A vida cheia do Espírito é um processo contínuo de receber e dar, de ser cheio e compartilhar com os outros, de receber o poder de Deus e gastá-lo no serviço do evangelho.


É possível ser salvo e batizado no Espírito Santo ao mesmo tempo?

Não precisa haver um grande lapso de tempo entre a conversão (receber a Cristo como Salvador) e o batismo no Espírito Santo. No entanto, uma pessoa deve primeiro ser um crente. Este Batismo não é para incrédulos.

Primeiro, o Espírito Santo vem para convencer uma pessoa do pecado e revelar Cristo como Salvador. Então Ele vem para encher a vida com poder espiritual para o serviço do evangelho e uma vida cristã vitoriosa. O único encontro do Espírito é regenerar; a outra é capacitar. Os dois não são idênticos; eles são logicamente sequenciais; mas um encontro pode seguir o outro muito de perto. Muitos crentes podem testemunhar que vieram a Cristo como Salvador e, momentos depois, O encontraram como o Batizador no Espírito.


É bastante correto, assumindo a presença de entendimento adequado, conduzir um novo convertido ao batismo no Espírito Santo. Embora “esperar” (esperar em Deus orando) seja muitas vezes necessário para a preparação e compreensão do coração, não é impróprio que os novos crentes se movam rapidamente para a plenitude do Espírito.

Primeira Coríntios 13:8 diz: “Havendo línguas, elas cessarão” (KJV). Isso não indicaria que o batismo no Espírito Santo era apenas para aqueles primeiros seguidores há 2.000 anos?


Para entender essa afirmação, precisamos examinar seu contexto. Paulo disse que as profecias cessarão, as línguas se calarão, o conhecimento passará e a perfeição virá (versículos 8-10). Paulo estava falando de um tempo ainda futuro tanto para seus leitores originais quanto para nós. Quando o reino de nosso Senhor for introduzido, a perfeição virá e não haverá mais necessidade de conhecimento, profecia e línguas dados pelo Espírito. Eles desaparecerão porque não serão mais necessários. Mas essas operações do Espírito ainda são necessárias hoje.


Não há indicação nas Escrituras de que as línguas cessariam no final do primeiro século. As línguas devem fazer parte da vida da igreja em cada geração até que Cristo volte para estabelecer Seu reino perfeito. A percepção de Paulo era que os dons espirituais estariam em operação até aquele dia (1 Coríntios 1:7, 8).


Existe prova de que o derramamento do Espírito Santo experimentado hoje é genuinamente bíblico?

A prova é a mesma que apoiou o derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes. Naquela ocasião, o apóstolo Pedro levantou-se e defendeu o derramamento, mostrando que era um cumprimento das Escrituras. Ele começou sua explicação dizendo: “Isto é o que foi dito pelo profeta Joel” (Atos 2:16). O que estamos vivendo em nossos dias é o que foi profetizado por Joel e que começou a se cumprir no dia de Pentecostes.

Uma comparação do livro de Atos com o que está acontecendo no moderno derramamento do Espírito revela notáveis semelhanças em padrão e propósito. O impacto da igreja primitiva, recém-equipada pelo poder do Espírito Santo, mudou o mundo daquela época. Mudanças semelhantes estão sendo feitas na vida humana hoje por meio de servos de Deus cheios do Espírito. Cristo é pregado. Os pecadores são salvos. Os enfermos são curados. O reino de Deus é grandemente aumentado. Podemos dizer, com Pedro: “Isto foi dito pelo profeta Joel”, embora ainda não tenhamos visto a extensão total do despertar espiritual pelo qual estamos orando.


Quem deve ser batizado no Espírito Santo?

Quando os crentes se reuniram em oração no dia de Pentecostes, “todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os capacitava” (Atos 2:4). Nenhum ficou de fora. Não foram apenas os apóstolos que foram cheios, mas todos os homens e todas as mulheres naquela companhia de 120 pessoas. Então o apóstolo Pedro dirigiu-se aos espectadores e disse-lhes que deveriam ser preenchidos. Ele disse: “A promessa é para vós e vossos filhos e para todos os que estão longe – para todos os que o Senhor nosso Deus chamar” (Atos 2:39).


Como disse Pedro, o batismo no Espírito Santo é para cada crente em cada geração. É uma promessa abrangente de dimensão universal. O batismo no Espírito Santo é prometido a todo crente cristão.

Quando uma pessoa está cheia do Espírito Santo, ela está em um estado semiconsciente ou totalmente coerente e consciente do que está acontecendo?

Está claro nas Escrituras que pode haver fenômenos associados quando um crente é batizado no Espírito Santo. Curiosamente, no Dia de Pentecostes, a multidão que testemunhou aquele derramamento original do Espírito “zomba deles” os 120 que foram cheios do Espírito. Os espectadores disseram: “Eles beberam muito vinho” (Atos 2:13). Mas Pedro explicou: “Estes homens não estão bêbados, como vocês pensam. São apenas nove da manhã! Não, isso é o que foi dito pelo profeta Joel” (Atos 2:15, 16).

O ponto é claro: houve uma resposta humana dramática a essa visitação divina. Pelas aparências externas, era como se esses crentes cheios do Espírito estivessem embriagados. Comportamento semelhante às vezes é visto hoje quando as pessoas estão cheias do Espírito, mas as experiências dos crentes variam muito. Alguns foram preenchidos com pouca ou nenhuma agitação emocional e, no entanto, a experiência foi autêntica e real. Outros ficaram tão emocionados que ficaram “confuso no Espírito” e alheios ao que os cercava por um tempo.

É importante que cada crente que busca se renda totalmente ao Espírito Santo. Os fenômenos acompanhantes são estabelecidos pela escolha soberana do Espírito Santo. Mas a ênfase deve estar sempre no enchimento interior e não na experiência emocional, que é contrária à autêntica obra do Espírito Santo. Esses extremos devem ser evitados. A obra interior do Espírito Santo, ao invés da demonstração externa do espírito humano, deve ser o foco de todo coração que busca.


Por que algumas pessoas são batizadas no Espírito imediatamente, enquanto outras buscam por tanto tempo sem receber a experiência?

Pouco antes de Sua ascensão, Jesus disse a Seus discípulos: “Em poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo” (Atos 1:5). Alguns dias depois, eles foram cheio do Espírito (Atos 2:4). Anteriormente, o Senhor havia dito: “Vou enviar-vos o que meu Pai prometeu; ficai, porém, na cidade até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24:49). Sem dúvida, os discípulos obedeceram a essa diretiva; eles permaneceram em Jerusalém e passaram muito tempo em oração. Houve uma “espera” pela vinda do Espírito. No entanto, uma vez que o Espírito desceu, não houve mais nenhum incidente de “esperar” ou “demorar”. Hoje não há mais razão para esperar, exceto porque “esperar” pode estar relacionado com a preparação do coração para ser cheio do Espírito Santo.


Alguns crentes receberam o Batismo quase imediatamente; outros esperaram por vários períodos de tempo. Por que? (1) Como o Espírito Santo é soberano, alguns precisarão de um período de espera antes de estarem preparados para se entregarem totalmente ao Seu controle divino. (2) Porque “o enchimento” pode envolver um processo com o batismo vindo depois de um tempo maravilhoso e significativo de espera na presença de Deus. Os buscadores devem perceber que qualquer período de “espera” apenas os aproxima do derramamento total do Espírito Santo em suas vidas.


Quando um indivíduo está buscando o batismo no Espírito Santo, algo pode ser feito para preparar sua vida ou ambiente para acelerar o enchimento?

Frequentemente se faz a pergunta: “O que posso fazer para reivindicar a promessa do batismo no Espírito Santo para minha vida?” Uma coisa que o crente deve fazer é buscar o Batizador em vez do Batismo. É Jesus quem batiza os crentes no Espírito Santo. Os buscadores devem concentrar sua atenção Nele, e não em uma experiência.

Existem outras medidas que, se tomadas, ajudarão os buscadores. (1) Entenda que o batismo no Espírito Santo é um dom de Deus. Deve ser recebido com gratidão e ação de graças ao Doador. Não pode ser ganho ou merecido. Só pode ser aceito com um coração aberto e disposto. (2)

Esteja totalmente persuadido de que o batismo no Espírito Santo é bíblico e doutrinariamente correto. (3) Confesse quaisquer pecados conhecidos em sua vida e resolva viver uma vida justa com a ajuda de Deus. (4) Comece a adorar o Senhor com expressões de louvor e adoração. (5) Expresse ao Senhor, que é o Batizador, o desejo de ser cheio do Espírito Santo para Sua glória. (6) Renda-se a qualquer “jornada” profunda dentro do seu espírito e permita que essa onda interior irrompa em expressões de adoração, louvor e adoração em uma linguagem desconhecida para você, mas significativa para Deus.

Tradução: Antônio Reis

https://news.ag.org/features/faq-baptism-in-the-holy-spirit


 

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Deus Engana O Falso Profeta?

" ‘E, se o profeta for enganado e levado a proferir uma profecia, eu o Senhor terei enganado aquele profeta, e estenderei o meu braço contra ele e o destruirei, tirando-o do meio de Israel, meu povo. - Ezequiel 14.9

E, se o profeta se deixar seduzir e proferir um oráculo, é que eu, o Senhor, o terei seduzido; estenderei a mão contra ele e o farei seduzir; contra ele estenderei a mão, e o farei desaparecer do meio do meu povo de Israel.
Ezequiel 14:9

Comentário de Albert Barnes

Eu, o Senhor, enganei esse profeta – Uma verdade profunda está abaixo dessas palavras, a saber, que tanto o mal quanto o bem estão sob a direção de Deus. Ele o faz como quer, empregando-o para testar a sinceridade dos homens e, assim, fazendo com que finalmente contribua para a purificação de Seu povo, para a confirmação dos justos, para o aumento de sua glória e felicidade. O caso dos falsos profetas que enganaram Acabe 1 Reis 22 é uma representação impressionante desse princípio. O Senhor envia um espírito maligno para convencer Acabe à sua ruína. Perto do fim do reino de Judá, os falsos profetas eram especialmente abundantes. Os pensamentos do coração dos homens foram revelados, o bem separado do mal e o restante do povo expurgado dos pecados pelos quais, nos últimos anos, toda a nação havia sido contaminada.

Comentário de Thomas Coke

Ezequiel 14: 9 . Se o profeta for enganado  O leitor observará que Ezequiel, ou Deus por Ezequiel, está aqui falando de falsos profetas ou anti-profetas, conforme descrito no capítulo anterior; aqueles que se colocaram em oposição aos verdadeiros profetas de Deus. Eles eram profetas que profetizaram de seus próprios corações: cap. Ezequiel 13: 2 ; Ezequiel 13:17 . Eles eram profetas tolos que seguiram seu próprio espírito, e não viram nada da verdade: Ezequiel 14: 3 . Eles eram aqueles que viram vaidade e adivinhação mentirosa, fingiram ser profetas de Deus, quando o Senhor não os enviou: Ezequiel 14: 6-7 . Eles seduziram o povo, dizendo: Paz, quando não havia paz: Ezequiel 14:10 ; Ezequiel 14:16 . De um dos profetas deste selo perverso, Ezequiel está falando aqui, como pode ser facilmente percebido pelo que é dito neste mesmo versículo, que Deus estenderá sua mão sobre o profeta e o destruirá: (veja exemplos notáveis, Jeremias 28: 15-17 ; Jeremias 29:21 ; Jeremias 22: 3 l, 32.): e no versículo seguinte é adicionado; que o castigo do profeta será como o castigo daquele que o busca; que palavras carregam uma clara insinuação de que o profeta aqui mencionado é considerado tão ruim quanto os idólatras que deveriam consultá-lo aqui, e ter sido tanto um falso profeta quanto os falsos adoradores; iguais em temperamento e princípios e, portanto, também devem ser punidos por encorajar a adoração de ídolos sob falsas pretensões de inspiração. Tendo visto então que tipo de profeta o texto fala, agora será mais fácil explicar o resto. Deus declara que ele enganará: primeiro decepcionará ou apaixonará tal profeta, e depois o destruirá : ele o abandonará primeiro por fortes ilusões e depois por destruição. O texto não pode ser traduzido incorretamente assim: Se o profeta se apaixonar quando fala algo, eu o Senhor apaixonarei ainda mais esse profeta . Portanto, o sentido da passagem pode ser quase o mesmo que o de São Paulo, 1 Coríntios 1:20 . (ou, no entanto, o verbo aqui pode ter o mesmo significado como eµ??a?e há); Deus fez loucura a sabedoria do mundo; ou aquilo que Isaías diz, cap. Ezequiel 44:25 que frustra os sinais dos mentirosos, ou profetas mentirosos, e enlouquece os adivinhos; que desvia os sábios, e faz com que os seus conhecimentos sejam tolos. Mas é observável que Isaías se une no versículo imediatamente a seguir; que confirma a palavra de seu servo (Isaías, o verdadeiro profeta) e  realiza o conselho de seus mensageiros. Compare 1 Samuel 3: 19-20, de onde se percebe como Deus ilumina os entendimentos e ratifica as previsões de seus próprios profetas verdadeiros, enquanto ele se apaixona pelos conselhos e desaponta a confiança mentirosa dos homens e sedutores maus. Ver as Escrituras de Waterland Vindicadas, parte 3: p. 100


Comentário de Joseph Benson

Ezequiel 14: 9-12 . E se o profeta for enganado – Ou seduzido. Isso deve ser entendido dos falsos profetas, cujas práticas são reprovadas ao longo de todo o capítulo anterior. Eu, o Senhor, enganei esse profeta; eu, o Senhor, fiz com que ele fosse enganado; Eu o entreguei a fortes ilusões, como um julgamento justo sobre ele por seguir ídolos e criar falsas pretensões de inspiração, 2 Tessalonicenses 2: 11-12 . Ou as palavras podem significar: decepcionarei as expectativas daqueles profetas que seduzem meu povo, falando em paz com eles. Pois trarei sobre eles os males que eles, com grande segurança, declararam que nunca acontecerão. Assim, Bispo Newcome: “Quando qualquer falso profeta é enganado, e o provável evento é contrário à sua profecia, eu Jeová superintendi o curso das coisas a ponto de enganar esse profeta.”

E eu vou, & c. – Ou, sim, estenderei minha mão sobre ele – Pune notavelmente sua falsidade e, em severidade, o destrua. E eles – Tanto o enganador quanto o enganado; suportará o castigo de sua iniqüidade – Há uma paridade tão grande na loucura e impiedade dos profetas sedutores quanto do povo seduzido, que é difícil dizer, cujo pecado é maior. A punição do profeta será, & c. – Os castigos deles serão tão semelhantes quanto os pecados; ambos serão cortados e destruídos. Para que a casa de Israel não se desvie mais de mim – Os julgamentos que infligirei aos falsos profetas, e aqueles que os consultarem, serão uma instrução para o meu povo para continuar firme para mim e para o meu culto, e não ansiar pelo práticas idólatras das nações vizinhas.

Comentário de Adam Clarke

Eu, o Senhor, enganei esse profeta – Ou seja, ele correu antes de ser enviado; ele voluntariamente se tornou o servo das ilusões de Satanás; e eu sofri que isso acontecesse, porque ele e seus seguidores se recusaram a me consultar e me servir. Muitas vezes tive ocasião de comentar que é comum na língua hebraica declarar algo feito pelo Senhor, que ele apenas sofre ou permite que seja feito; pois o governo de Deus é tão absoluto e universal que a menor ocorrência não pode ocorrer sem a sua vontade ou permissão.


Comentário John Calvin 


Aqui Deus encontra aquele pensamento tolo no qual muitas mentes são extasiadas. Quando eles tinham seus próprios impostores à mão, eles pensavam que todas as ameaças de Deus podiam ser repelidas por um escudo. Jeremias e Ezequiel nos ameaçam, dizem eles, mas temos outros para nos animar com boa esperança: eles prometem que todas as coisas devem ser alegres e prósperas para nós: uma vez que, portanto, apenas dois ou três nos privam da esperança de segurança, e outros, e aqueles também muito mais numerosos, nos prometem segurança, não precisamos nos desesperar. Como eles opõem seus impostores aos verdadeiros profetas e imaginam um tipo de conflito, no qual a impostura prevalece e a verdade de Deus é vencida, ele diz que não há razão para que as lisonjas dos falsos profetas o enganem. Pois se você diz que eles também têm o nome e o cargo proféticos, eu respondo que eles cometem erros por sua culpa; pois eu os engano porque sua impiedade merece isso. Isso ainda pode ser obscuro, mas tentarei explicá-lo por um exemplo familiar. Nesse momento, vemos que muitos por preguiça se afastam de todo medo e prometem a si mesmos liberdade do castigo, enquanto rejeitam todo o cuidado de Deus. O, dizem eles, o que eu tenho a ver com religião? pois isso só me ocasiona problemas; quem quiser se entregar seriamente a Deus em meio a essas dissensões e divisões entrará em um labirinto. Uma vez que, portanto, muitos se consideram livres de falhas, mesmo que rejeitem Deus, essa doutrina pode se voltar contra eles. Atualmente, de fato, existem divergências na religião que perturbam muitos; mas você acha que isso acontece precipitadamente: Oh! não sabemos qual parte a seguir: perguntar; pois Deus não deu o controle a Satanás e seus ministros, que a Igreja está perturbada e os homens se opõem mutuamente pelo acaso. Mas quando isso acontece pelo justo julgamento de Deus, é certo que ninguém pode ser enganado a menos que por sua própria vontade. Pois o Profeta retira esse princípio de Moisés, sempre que surgem falsos profetas, que isso é uma prova de fidelidade e de piedade sincera. Teu Deus te tenta, diz Moisés, se você o ama. ( Deuteronômio 8: 3. ) Visto que, portanto, nenhum falso profeta surge sem o justo julgamento de Deus, e como Deus deseja distinguir entre adoradores sinceros e hipócritas, segue-se que ninguém pode se desculpar com esse pretexto, de opiniões diferentes que surgir por sábia ordenação. Pois, como Deus deseja fazer um experimento, como eu disse, a respeito de seus servos e filhos, e como os falsos profetas misturam todas as coisas e envolvem a clara luz do dia nas trevas, ninguém que verdadeira e sinceramente busque a Deus ficará enredado entre eles. armadilhas.

Mas Ezequiel prosseguirá ainda mais, como já sugeri anteriormente, a saber, que todas as imposturas e erros não surgem precipitadamente, mas procedem da ingratidão do próprio povo. Pois se eles não tivessem se entregado tão voluntariamente aos falsos profetas, Deus sem dúvida os teria poupado. Mas, como os profetas falsos abundavam por todos os lados e eram tão abundantes em toda parte, é possível entender que o povo era digno de tais imposturas. Agora, então, percebemos o significado do Espírito Santo quando Deus declara que ele é o autor de todo o erro que os falsos profetas estavam espalhando. Pois não basta observar apenas o som das palavras e depois ilicitar a substância do ensino profético; mas devemos atender ao propósito do Espírito. Eu já expliquei por que o Profeta diz isso, ou seja, que os israelitas deveriam deixar de dar as costas de acordo com seus costumes, dizendo que, se permanecerem em dúvida entre várias opiniões, isso não deve ser imputado a eles como crime. Pois ele responde que os falsos profetas só receberam essa licença, porque o povo merecia ser cego: e, em suma, ele diz que as mentiras de Satanás se multiplicaram não aleatoriamente ou à vontade dos homens, mas porque Deus retribui um povo sem graça e perfídia com uma justa recompensa. Portanto, Paulo diz que o erro tem uma eficácia divina, quando os homens preferem abraçar a mentira à verdade ( 2 Tessalonicenses 2:11 ), e não se submetem a Deus, mas sacudem o jugo. Agora, portanto, quem quiser se desculpar sob o pretexto da simplicidade por não concordar com a palavra de Deus, esta resposta está próxima – que todas as coisas são assim misturadas pelo justo decreto de Deus. Visto que, portanto, Satanás eclipsa a luz sempre que nuvens são espalhadas para perturbar os fracos, aqui encontramos Deus como o autor dela, uma vez que a impiedade do homem a merece. Pois o Profeta aqui não fala profanamente sobre o poder absoluto de Deus, como eles dizem; mas quando ele apresenta o nome de Deus, ele dá como certo que Deus não se deleita com tal perturbação, quando falsos profetas se apoderam dele. É certo, então, que Deus não se deleita com esse engano; mas a causa deve ser pensada, como veremos em breve: a causa nem sempre é manifesta; mas sem controvérsia isso é fixo, que Deus castiga os homens com justiça, quando a verdadeira religião é tão fragmentada por divisões, e a verdade é obscurecida pela falsidade.

Devemos sustentar, então, que Deus não se enfurece como um tirano, mas exerce apenas julgamento. Além disso, esta passagem nos ensina que nem imposições nem enganos surgem sem a permissão de Deus. Isso parece absurdo à primeira vista, pois Deus parece contender consigo mesmo quando dá licença a Satanás para perverter a sã doutrina: e se isso acontece pela autoridade de Deus, parece perfeitamente contraditório consigo mesmo. Mas lembremo-nos sempre disso, que os julgamentos de Deus não são sem razão chamados de abismo profundo ( Salmos 36: 6 ), que quando vemos homens rebeldes agindo como agem nestes tempos, não devemos querer compreender o que ultrapassa até o senso de anjos. Soberemente, portanto, e com reverência, devemos julgar as obras de Deus, e especialmente seus conselhos secretos. Mas, com a ajuda da reverência e modéstia, será fácil reconciliar essas duas coisas – que Deus gera, preza e defende sua Igreja, e confirma o ensino de seus profetas, o tempo todo que ele permite que seja rasgado e distraído por grelhar intestino. Por quê então? Ele age assim para punir a maldade dos homens quantas vezes quiser, quando os vê abusar de sua bondade e indulgência. Quando Deus acende a chama de sua doutrina, esse é o sinal de sua inestimável pena; quando ele sofre que a Igreja seja perturbada e que os homens se dissipem em algum grau, isso deve ser imputado à maldade dos homens. Qualquer que seja a explicação, ele declara que enganou os falsos profetas , porque Satanás não poderia pronunciar uma única palavra a menos que fosse permitido, e não apenas isso, mas até ordenado; enquanto Deus exerce sua ira contra os iníquos.

Em outro sentido, Jeremias diz que foi enganado ( Jeremias 20: 7 ). Estou enganado, mas tu, o Senhor, me enganaste; porque ali ele fala ironicamente. Pois quando os homens ímpios se vangloriavam de que muitas de suas profecias eram ilusórias, e o ridicularizavam como um homem tolo e desorientado, ele diz: Se eu sou enganado, ó Senhor, me enganaste. Vemos, então, que por falsa ironia, ele reprova a petulância daqueles que desprezavam suas profecias; e finalmente, ele mostra que Deus foi o autor de seus ensinamentos. Mas neste lugar Deus declara sem figura que ele enganou os falsos profetas. Se alguém se opõe agora, que nada é mais remoto da natureza de Deus do que enganar, a resposta está à mão. Embora a metáfora seja bastante grosseira, sabemos que Deus transfere para si mesmo por uma figura de linguagem o que não lhe pertence apropriadamente. Dizem que ele ri dos ímpios; mas sabemos que não é agradável à sua natureza ridicularizar, rir, ver e dormir. ( Salmos 2: 4 ; Salmos 37:13 .) E assim, neste lugar, confesso, há uma forma imprópria de falar; mas o senso não é duvidoso – que todas as imposturas são espalhadas por Deus – já que Satanás, como eu disse, nunca pode pronunciar a menor palavra a menos que seja ordenado por Deus. Mas o tipo de engano que resolverá essa dificuldade para nós é descrito na história sagrada. Pois quando Acabe teve uma grande multidão de falsos profetas, somente Miquéias permaneceu firme e cumpriu fielmente seu dever para com Deus: quando trazido perante o rei Acabe, ele imediatamente impressiona os seus boatos – Eis! todos os meus profetas predizem a vitória: ele responde – vi Deus sentado em seu trono; e quando todos os exércitos do céu foram reunidos diante dele, Deus perguntou: Quem enganará Acabe? E um espírito se ofereceu, a saber, um diabo, e disse: Eu o enganarei, porque serei um espírito mentiroso na boca de todos os seus profetas. Deus responde, Partida, e assim será. ( 1 Reis 22: 0 ; 2 Crônicas 18: 0. ) Depois segue-se: Portanto, o Senhor pôs uma mentira na boca de todos esses profetas. Aqui, ele nos mostra distintamente a maneira pela qual Deus enlouquece os falsos profetas e os engana, a saber, uma vez que ele envia Satanás para preenchê-los com suas mentiras. Desde então, eles são impelidos por Satanás, o pai da mentira, o que eles podem fazer senão mentir e enganar? Tudo isso, então, depende dos justos julgamentos de Deus, como este lugar ensina. Deus, portanto, não engana, por assim dizer, sem uma agência, mas usa Satanás e impostores como órgãos de sua vingança. Se alguém voa para essa distinção sutil entre ordenar e permitir, é facilmente refutado pelo contexto. Pois isso não pode ser chamado de mera permissão quando Deus voluntariamente procura alguém para enganar Acabe, e então ele mesmo ordena que Satanás saia e o faça. Mas a última cláusula que citei tira toda dúvida, já que Deus pôs uma mentira na boca dos profetas, isto é, sugeriu uma mentira a todos os falsos profetas. Se Deus sugerir, veremos que Satanás voa não apenas por sua permissão para espalhar suas imposturas; mas, como Deus desejava usar sua ajuda, ele a concedeu nessa condição e para esse fim. Mas deixaremos o resto para a próxima palestra.

Comentário de John Wesley

E se o profeta é enganado quando ele fala alguma coisa, eu, o Senhor, enganei esse profeta, e estenderei minha mão sobre ele, e o destruirei do meio do meu povo Israel.

O profeta – O falso profeta, que fala todo sereno e quieto, na esperança de recompensa.

Ter enganado – Permitiu que ele errasse, ou justamente o deixou em sua cegueira.


Conclusão 


Deus não engana, mas tudo que acontece tem a permissão Dele e nada pode surpreende-lo. Deus Tem o controle de tudo!








sexta-feira, 7 de abril de 2023

Por Que A Cruz?

Por Que A Cruz?

Terá mesmo sido necessário Jesus derramar seu sangue na cruz de um modo tão brutal? Não poderia Deus ter providenciado a redenção de outra maneira? Terá sua execução sido apenas uma injustiça humana, um acidente no plano de Deus? Eis aqui um posicionamento bíblico.

Em Romanos 5.8, Paulo nos confronta duplamente com o passado, ou seja, com a morte do Senhor Jesus na cruz e com a nossa posição de pecadores, e também com algo que não pode ser limitado ao
passado, presente ou futuro, mas que é atemporal: o amor de Deus. Deus é amor, e como ele é eterno, seu amor também é eterno. Deus é amor de eternidade a eternidade (1Jo 4.16). Em seguida, o apóstolo mostra nos versículos 9 a 11 os colossais efeitos desse amor atemporal de Deus para o nosso presente e futuro.
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados,
seremos salvos pela sua vida! E não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo, mediante o qual recebemos, agora, a reconciliação” (Rm 5.8-11).

Expõe-se aqui algo decisivo, a saber, que fomos justificados pelo sangue do Senhor Jesus, e com isso chegamos à questão da razão pela qual o Senhor Jesus teve de suportar a cruz. Será que não havia nenhum outro meio? Deus não poderia ter imaginado algo mais confortável, barato e menos
sanguinário? É como alguém deu a entender certa vez: “A morte de Jesus não foi uma necessidade para a salvação, mas um ato bárbaro dos homens”. Em outras palavras: a crucificação não estava prevista, mas foi um acidente, um erro, um golpe do destino não planejado. Isso significaria que Deus não conseguiu impedir esse erro e que o Senhor Jesus não foi capaz de atender ao desafio: “Salve a si mesmo, se você é o Filho de Deus, e desça da cruz!” (Mt 27.40).

Se Jesus não pôde descer da cruz, a mensagem da cruz não seria de alegria, mas uma proclamação de vergonha. Ela não seria o anúncio de uma grandiosa vitória, mas uma memória de vergonha. Para Paulo, porém, a palavra da cruz e, com ela, a morte do Senhor Jesus, é o evangelho por excelência (1Co 2.2), cujo ápice, porém, não é a morte do Senhor, mas sua ressurreição. Não há, porém, ressurreição sem morte, e sem ressurreição não há vitória, de modo que uma depende da outra (1Co 15.20).
Em resumo, a morte do Senhor Jesus é o evento decisivo de todo o evangelho e, com isso, também de todo o propósito divino de salvação. A mensagem da cruz sempre foi
escandalosa, não há novidade nenhuma nisso (1Co 1.18). Para muitos, a simples ideia de que o Deus Todo-poderoso e santo se rebaixa ao ponto de tornar-se homem, e que, além disso, ele veio para sofrer como homem e morrer miseravelmente na cruz, é demais. Por isso existem as vozes críticas, mesmo entre os cristãos, que não só negam o sacrifício remidor de Jesus, mas que chegam a dizer de maneira provocadora, como certa vez disse uma pastora evangélica: “Não quero ter nada a ver com um Deus que necessita de sacrifícios!”.

absoluta é um valor limite do qual, na prática, só é possível aproximar-se, sem atingi-lo efetivamente. Essa é uma boa imagem da discrepância entre o Deus santo e absolutamente puro e nós, seres humanos, que jamais alcançaremos sua pureza absoluta, pelo menos não por mérito próprio. Assim, Deus teria toda razão em dizer: “Não quero ter nada a ver com uma pessoa que não quer sacrifícios”, porque o sacrifício é o que purifica o ser humano. O sangue é o que santifica o ser humano (Hb 10.14; 1Jo 1.7).

Deus não pode simplesmente desviar o olhar, porque só alguém igualmente santo e absolutamente puro tem condições de chegar à presença dele. Deus é tão santo que nem sequer pode olhar para o pecado (Hc 1.11). A morte expiatória na cruz é de fato cruel, sem dúvida, mas é indispensável, porque só o sangue do único
que é puro é capaz de purificar uma vida contaminada, assim como também somente por uma transfusão de sangue a vida de alguém pode ser salva quando seu próprio sangue está contaminado.
Um outro aspecto que muitos não reconhecem é o fato de que a morte do Senhor Jesus na cruz é um ato salvador e um sacrifício de amor. A santidade de Deus condena o pecado, mas o amor de Deus prepara uma via de escape para o pecador. É fato definitivo que a presença junto a Deus é uma zona isenta de pecado e que, assim, o acesso a Deus fica impedido para
qualquer pecado, por menor que seja e por mais amável que seja o pecador. Com a queda no pecado e seus efeitos, com a contaminação do nosso sangue, onde está a sede da vida, ficamos na prática sujeitos à ira de Deus (Rm 1.18).

No entanto, se Deus é amor, como é que ele pode estar ao mesmo tempo cheio de ira? O fato é que o amor de Deus e sua ira santa não se contradizem. A ira de Deus não é apenas uma punição, mas, ao mesmo tempo, também uma proteção. Sua ira é santa e amorosa, a ira daquele que não quer que nenhum homem se perca. Em seu amor, Deus detesta o pecado, porque ele contamina o homem e lhe subtrai a vida. Mas Deus não seria Deus se não tivesse também uma solução para esse dilema, essa
condenação do pecado, mas o amor de Deus aplaina o caminho para o perdão (Rm 5.9).

De que modo? Quando o próprio Deus se torna homem e afixa à cruz a nossa nota de débito (Cl 2.14). Deus é o justo
juiz que toma sobre si mesmo a expiação da pena que ele mesmo decretou. Existe uma história a respeito de um juiz que, segundo as leis do seu país, deveria ter condenado sua amada mãe a açoites, porque ela era claramente culpada. Seria injusto perdoá-la, mas também seria uma traição ao amor se o juiz conduzisse sua própria mãe ao justo castigo. Depois de o juiz condenar sua mãe a bem da justiça, ele se ergueu e declarou com lágrimas nos olhos: “Assumo sobre mim mesmo de forma vicária a pena da minha mãe”.

Deus não pode torcer a realidade. Deus não pode decretar arbitrariamente uma anistia geral, porque isso contraria a justiça. Seria a ruína do novo céu e da nova terra o pecado não ser vencido, expiado e eternamente condenado de uma vez por todas. Assim, o princípio é que alguém que pretenda nos livrar do pecado precisa ser pessoalmente isento de pecado. “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós” (2Co 5.21; cf. 1Pe 2.22).
Alguém que queira vencer a morte precisa ser mais forte que a morte (At 2.24). Alguém que queira dar vida eterna ao homem precisa ser eterno por si mesmo. Ele precisa ser verdadeiramente homem para poder morrer, e verdadeiramente Deus para poder vencer a morte e o diabo (cf. 1Jo 3.8; Hb 2.14).

Só houve um que satisfez todas essas premissas para expiar nossa culpa em nosso
lugar: Jesus Cristo! Ele é o sacerdote que apresenta a oferta e é ao mesmo tempo a oferta apresentada: “Quando, porém, Cristo veio como sumo sacerdote dos bens já realizados... não pelo sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue... obteve uma eterna redenção” (Hb 9.11-12).

Assim, a obra redentora no Gólgota é a via de escape genial de Deus para um mundo inteiramente contaminado. Ainda assim, porém, pode-se perguntar: não poderia o objetivo da reconciliação com Deus ter sido
realizado sem esse sacrifício sangrento? Seria a nossa culpa realmente tão pesada a ponto de tornar-se indispensável essa morte cruel e terrível na cruz? A resposta a essa pergunta foi dada no Jardim do Getsêmani, em que o Filho único de Deus pediu três vezes para ser poupado daquele cálice (Mt 26.39,42). E ficou bem evidente que não havia outro meio, caso contrário o Pai celestial teria intervindo o mais tardar aí. O Senhor Jesus sujeitou-se à vontade do seu Pai e empreendeu essa pesada via até a cruz, voluntária e obedientemente, até a morte (Fp 2.7-8). Ele mesmo também havia comentado que teria de sofrer tudo isso (Lc 24.46), e que isso
seria necessário para a salvação (Mc 10.45). Portanto, o próprio Filho de Deus falou a respeito da crucificação, sem alternativas para salvar o homem da sua ruína. A morte na cruz foi uma firme decisão de Deus que via nenhuma poderia contornar (At 2.23; 1Jo 4.10). Portanto, não se trata de um acidente, mas do amor de Deus que ele nos provou na pessoa de Jesus Cristo.

Indo um passo adiante na resposta à questão da necessidade da cruz: se examinarmos o relato bíblico da Criação, veremos que o homem foi criado à imagem de Deus (Gn 1.27; cf. Gn 9.6). Isso significa também que, assim como Deus é eterno, também a vida humana foi programada para a eternidade. Com seu ato criador, em que o homem representa a coroa da Criação, Deus não criou algo passageiro, mas algo que deverá permanecer eternamente. “Deus fez tudo formoso no seu devido tempo. Também pôs a eternidade no coração do ser humano...” (Ec 3.11). Por um lado,
isso se refere à noção de um Deus eterno e, por outro, que nós mesmos temos em nós essa eternidade segundo a sua imagem.

Além disso, Gn 2.7 fala do fôlego de vida que Deus soprou no homem (cf. Jó 33.4). E, quando lemos que por meio desse fôlego de Deus o homem se tornou alma vivente, isso não se refere apenas à vida como tal, já que os animais também vivem, mas a esse relacionamento muito particular com Deus, configurado para a eternidade. Afinal, a Bíblia também fala da ressurreição de todos os homens, tanto dos salvos como dos não salvos: “Os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da
vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5.29).

Esse é um importante aspecto da nossa criação. O segundo é a interessante declaração em Levítico 17.11, segundo a qual a vida está no sangue. Essa passagem é algo como a chave para explicar por que já na antiga aliança sempre se requeria a apresentação de sacrifícios sangrentos, e por que também o Senhor Jesus precisou
selar a nova aliança com sangue (Hb 9.15-18). O mais tardar com essa declaração se revela o inseparável vínculo entre o sangue e a vida. Essa dependência mútua perpassa como um fio vermelho toda a Escritura Sagrada e é também a explicação para a impossibilidade de se estabelecer a união com Deus sem sangue.
Adão e Eva, por exemplo, ainda tentaram encobrir seu pecado com folhas de figueira. Foi a variante “vegetariana”, a
tentativa humana de salvar algo que não tinha salvação. Deus, porém, esclareceu imediatamente que a salvação e sobrevivência só seria possível com a sua intervenção, e por meio de sangue, já que, se Deus vestiu o primeiro casal humano com peles, foi necessário que um animal morresse – o que até então não havia ocorrido (Gn 3.21). E, conforme dissemos, esse princípio (sangue e vida) prossegue como
um fio vermelho. Abel apresentou ao Senhor uma oferta sangrenta das suas ovelhas. Noé ofereceu animais que ele levara para a arca especificamente com esse fim. Deus efetivou a aliança com Abraão por meio da morte de cinco animais diferentes (Gn 15.9-10). O êxodo do Egito e a Páscoa fundamentada nele não seriam concebíveis sem o sangue que teve de ser passado nas molduras das portas – e tudo isso, afinal, aconteceu ainda antes da introdução da lei com todas as suas prescrições sacrificiais.

Sem sangue não há contato nem comunhão com aquele que nos criou à sua imagem e soprou em nós o seu fôlego. Só por meio do sangue pode haver reconciliação com o Deus da vida, pois a vida está no sangue (Hb 9.18-22).

A nova aliança, a aliança da graça e do perdão, precisou ser selada com sangue, conforme as palavras do Senhor Jesus: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, derramado em favor de muitos, para
remissão de pecados” (Mt 26.28). O Senhor Jesus teve de oferecer o seu sangue, teve de morrer para que nós pudéssemos viver. “Porque é o sangue que fará expiação pela vida” (Lv 17.11). Por isso, Apocalipse 5.9 se refere ao Senhor Jesus dizendo: “Foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”, e, em Romanos 3.23-25, lemos:

“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus apresentou como propiciação, [que é eficaz] no seu sangue, mediante a fé”.
Por meio da fé no seu sangue! Não basta crer num profeta chamado Jesus, em um Jesus operador de milagres, que anuncia o amor e pregou um genial Sermão do Monte, mas trata-se daquilo que o Senhor
Jesus realizou por nós na cruz. Trata-se da fé no seu sangue. Seu sangue santo, puro e precioso purifica o nosso sangue contaminado pelo pecado. Aquilo que os sacrifícios da antiga aliança ainda deixaram incompleto, que não passava de sombra daquilo que Deus prometera, tornou-se realidade por meio do sangue do Senhor Jesus.

Não havia nem há outro meio, quer entendamos isso ou não, e ainda que não o entendamos,
podemos crer que no sangue do Senhor Jesus temos a vida eterna. “Sabendo que não foi mediante coisas perecíveis, como prata ou ouro, que vocês foram resgatados da vida inútil que seus pais lhes legaram, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mácula” (1Pe 1.18-19).

Thomas Lieth é pregador e responsável pelo trabalho editorial da Chamada na Suíça.

Fonte do site:
 www.chamada.com.br