sábado, 12 de julho de 2025

A ASTROLOGIA É UMA CIÊNCIA?

Não, a astrologia não é considerada uma ciência. Ela é frequentemente classificada como uma pseudociência ou uma forma de crença supersticiosa. Embora os astrólogos façam afirmações sobre a influência dos corpos celestes no comportamento humano, não há evidências científicas sólidas para apoiar essas alegações. Por que a astrologia não é ciência: Falta de evidências empíricas: Estudos científicos rigorosos não encontraram nenhuma correlação entre as posições dos astros no momento do nascimento e as características de personalidade ou eventos da vida. Método científico: A astrologia não segue o método científico, que envolve testes repetíveis, formulação de hipóteses e refutação de teorias. Linguagem vaga e interpretações subjetivas: As previsões astrológicas são frequentemente formuladas de maneira vaga e ambígua, permitindo interpretações diversas e adaptadas a cada indivíduo. Problemas com a precisão: As constelações zodiacais utilizadas na astrologia não correspondem mais às posições reais dos corpos celestes devido à precessão do eixo da Terra. O que a astrologia é: Pseudociência: Uma prática que se apresenta como ciência, mas não segue seus métodos e critérios. Crença: Um sistema de crenças que associa eventos celestiais a eventos terrestres, incluindo o comportamento humano. Prática popular: Embora não seja ciência, a astrologia é uma prática popular com muitos seguidores, que encontram algum significado ou valor em suas interpretações. Em resumo, a astrologia não é reconhecida pela comunidade científica como uma ciência devido à falta de evidências empíricas, ao seu método não científico e à natureza vaga e subjetiva de suas interpretações. A astrologia não é uma ciência e não tem o mesmo grau de validade da astronomia, com a qual é frequentemente comparada, afirma o artigo Por que a Astrologia Não É Uma Ciência?, publicado pela revista científica argentina Si Muove, em 2014. De acordo a publicação, a astrologia pode ser enquadrada como pseudociência. Os autores apontam que esta doutrina, assim como a homeopatia, a parapsicologia ou a ufologia, conflita com os propósitos, abordagens, critérios, métodos e valores sustentados pelas ciências. O texto explica que a astrologia constrói modelos sobre o mundo, ou seja, desenvolve formas teóricas de representar e interpretar a realidade física ou cultural para, assim, compreendê-la, controlá-la e transformá-la. Mas esses modelos construídos não são verdades imutáveis, o que faz com que acabem se transformando de acordo com as evidências disponíveis em cada momento. O que é uma pseudociência? De acordo com o artigo, pseudociência é aquilo que está em contradição (pelo menos parcialmente) com a ciência e também se apresenta de forma ilegítima e enganosa. Nestes casos, "aparece a intenção de propagar ou legitimar doutrinas”, esclarecem os autores do texto. O artigo recorda que ciência é aquilo que se utiliza de investigações críticas e sistemáticas - o que não ocorre em uma pseudociência. Por que a astrologia não é uma ciência? O artigo aponta que enunciados ou teses devem ser falsificáveis para serem considerados científicos. Ou seja, devem ser postos em conflito explícito com observações existentes ou concebíveis. A astrologia, conforme o documento, não é falsificável "por causa da imprecisão e generalidade de suas afirmações, que a protegem da crítica e da possibilidade de revisão", adverte a publicação de 2014. Os estudiosos ainda questionam o caráter milenar da astrologia, que não é suscetível a progressos técnicos e revisões conceituais. Além disso, a astrologia acomoda evidências já conhecidas, sem capacidade de fazer previsões surpreendentes com suporte de investigações. (Veja também: Telescópio Webb da NASA faz história: esta é a primeira imagem mais profunda e nítida do Universo até hoje) O artigo menciona ainda sete características das pseudociências – e sugere como a astrologia se identifica com elas, o que afasta, de vez, a ideia de base científica para ela: Crença exagerada na autoridade baseada, principalmente, na tradição: "Na astrologia os clássicos são invocados como fonte do conhecimento fundamental da disciplina, sem usar razões posteriores como formação, instituição de origem, publicações ou realizações avaliáveis ​​desses personagens"; Experimentos e observações não-repetíveis, com a ocorrência de casos únicos: na astrologia, adverte o documento, abundam os casos únicos e as exceções ocorrem em excesso, com as generalizações tendo caráter anedótico, acidental ou arbitrário; Seleção intencionada de exemplos: os autores sustentam que a astrologia apoia suas afirmações em uma variedade restritiva de casos, muitas vezes interpretados de forma literal; Evita mecanismos de teste rigorosos: somado ao item anterior, esta doutrina “evita situações que sirvam para testar genuinamente suas explicações e previsões”; Desconsideração de informações contraditórias: as refutações de que a astrologia encontra seu caminho são consistentemente minimizadas, aponta o documento; Subterfúgios com proteção: somado a isso, “a construção das previsões astrológicas possuem linguagem ambígua e de pouca precisão, que protege os fundamentos de serem questionados, e dá a sensação de que alcançam sucessos preditivos”, refletem os autores; Abandono de explicações sem substituição: uma última característica das pseudociências que seria aplicada à astrologia está ligada ao fato de que “elementos contraditórios ou problematizados são abandonados com poucas tentativas de fornecer explicações alternativas ou conceituações substitutas”, conclui o artigo.

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