A Plenitude do Espírito Santo
É muito comum pessoas e igrejas confundirem a plenitude do Espírito Santo com o batismo com o Espírito Santo. Obviamente, tal confusão abre um leque de outras confusões e desacertos, tornando o estudo do assunto algo fundamental para a igreja que quer servir a Deus.
1 – O CONCEITO DE ESPIRITUALIDADE
O texto de 1Co 2.15 revela que há um nível espiritual no homem de Deus que produz uma atitude prática: “Julgar todas as coisas”. Essa breve descrição demonstra que tal espiritualidade advém da maturidade no relacionamento com Deus (Rm 12.1,2).
Assim, a espiritualidade requer pelo menos três coisas:
a) Regeneração;
b) Atuação de Deus;
c) Tempo para crescimento e amadurecimento.
O Espírito Santo tem participação fundamental nesse processo:
a) Ele concede discernimento sobre a Palavra e a vontade de Deus (Jo 16.12-15).
b) Ele direciona as orações de acordo com a vontade de Deus (Rm 8.26; Ef 6.18).
c) Ele concede dons espirituais para a edificação dos crentes (1Co 12.7).
d) Ele auxilia na luta contra a carne e contra o pecado (Rm 8.13; Gl 5.16,17).
2 – A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO
Tendo em vista a obra do Espírito Santo no aumento da maturidade espiritual dos crentes, entendemos que a “plenitude do Espírito Santo” é a atuação dele no sentido de tornar o crente controlado por Deus. As Escrituras chamam tal experiência de “estar cheio do Espírito” (Lc 1.15,41,67; At 2.4; 4.8,31; 9.17; 13.9).
Enquanto o batismo e o selo do Espírito Santo são realidades permanentes, a plenitude é algo ocasional[1] e pode se repetir várias vezes (At 2.4; 4.8,31 – note-se que a descontinuidade da plenitude, nesse exemplo, não se deveu a pecado). Apesar de a plenitude do Espírito ser uma atividade divina, Paulo deixa claro que há condições na vida do crente para que ela aconteça (Ef 5.18).
3 – AS CARACTERÍSTICAS DA PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO
a) Produção de um caráter semelhante ao de Cristo (Gl 5.22,23).
b) Envolvimento evangelístico (At 2.4,41; 4.31; 5.14; 6.3,7; 11.24).
c) Adoração, louvor, ação de graças, submissão (Ef 5.19-21).
4 – QUADRO COMPARATIVO ENTRE O BATISMO E A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO
BATISMO
PLENITUDE
Ocorre somente uma vez na vida.
É uma experiência repetida.
Jamais ocorreu antes do dia do Pentecostes.
Ocorreu no Antigo Testamento.
(Ex 31.1-5; Dt 34.9)
Necessário para todos os cristãos.
Não é necessariamente experimentada por todos os cristãos.
Não pode ser desfeito.
Pode ser perdida.
Resulta em “posição”.
Resulta em “poder”.
Ocorre quando cremos em Cristo.
Ocorre ao longo da vida cristã.
Não há pré-requisitos (exceto fé em Cristo).
Depende da submissão a Deus.
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[1] O crescimento espiritual consiste, entre outras coisas, em permanecer cada vez mais sob o controle do ES. A meta dos crentes deve ser viver sob tal controle.
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